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A Páscoa é um feriado pagão ou bíblico?

Você já ouviu as pessoas dizerem que “a Páscoa é um feriado pagão baseado em ideias antibíblicas”? É comum pensar que o feriado cristão tem algo a ver com deuses babilônios ou tradições politeístas. Essa visão da Páscoa está correta ou a celebração tem um fundo hebraico mais profundo que os cristãos modernos estão perdendo?

É cada vez maior o número de cristãos que pensam que a celebração da “Páscoa” tem raízes nas tradições pagãs.

Uma das suposições básicas é que o nome “Páscoa” é uma apropriação cristã de “Ishtar”, uma deusa da fertilidade da Babilônia. Mesmo que as palavras possam soar semelhantes, elas provavelmente não têm nenhuma conexão etimológica. A palavra “Páscoa” provavelmente vem do proto-germânico “austron”, que significa “nascer do sol” – sem dúvida um nome adequado para uma celebração que comemora a ressurreição de Jesus dos mortos.

É importante entender que fora do mundo de língua portuguesa, “Páscoa” é conhecido pelo nome próprio “Pascha”. Isso significa que a maioria dos cristãos no mundo celebra a “Pascha” – um sinônimo aramaico do hebraico Pessach, da raiz pacach, que significa “passar por cima, saltar por cima”, em vez de “Páscoa”.

A Pessach é o principal festival judaico da primavera que comemora a libertação dos israelitas da escravidão egípcia, com duração de sete ou oito dias a partir do 15º dia do mês de nisã.

Durante esta festa, os cristãos tradicionais celebram a obra da redenção do Cristo, acreditando que somente em Sua ressurreição o perdão de Deus é verdadeiramente selado.

Por causa da ressurreição de Jesus, o julgamento de Deus passa sobre os crentes assim como o Anjo da Morte passou sobre as casas israelitas marcadas pelo sangue do cordeiro durante sua escravidão no Egito.

No entanto, um cristão comum que fala português muitas vezes não consegue ver a conexão direta entre “Páscoa/Pascha” e “Páscoa/Pessach”. Muitos dos rituais e costumes parecem ser diferentes. Além disso, para garantir que ninguém conectasse (e, portanto, confundisse) os dois, foi decidido no Concílio de Nicéia (325 EC) que a festa da Páscoa / Pascha seria celebrada de acordo com um calendário diferente: não no dia 14 de Nisan como foi originalmente decretado na Torá de Moisés (Êxodo 12:5,6).

A Páscoa, portanto, é um feriado pagão?

Não é bem isso. É fundamentalmente um feriado bíblico, embora tenha sido roubado seu verdadeiro caráter judaico e retirado de seu ambiente israelita original.


Publicação original: Israel Bible Center. Autor original: Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg. Tradução, adaptação e comentários adicionais: Gabriel Filgueiras.


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One Comment

  1. Um ótimo conteúdo. Realmente o verdadeiro sentido bíblico da páscoa foi retirado. Quando chegar essa data portanto, que todo seguidor de Cristo se lembre do sacrífico de Cristo que verdadeiramente é a nossa páscoa.

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