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O dízimo é ordenança para a igreja cristã também?

Last updated on 14/04/2021

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos…” (Malaquias 3:10a) Como entender se o dízimo de Malaquias 3:8-11 é ordenança para a igreja cristã hoje em dia? Pois em quase todos os cultos os líderes evangélicos usam deste versículo para persuadir os irmãos a darem 10% de seu dinheiro para a igreja, mas isso é realmente correto? Se não dermos o dizimo roubaremos a Deus (v. 8)? Este texto foi realmente escrito para nós?

Primeiro de tudo: o dízimo bíblico não era dinheiro! Leia Levítico 27:30-33.

No contexto de Malaquias, quem estava roubando a Deus eram os sacerdotes (cf. Mal. 2:1; 3:8,9). Se combinarmos os relatos neste livro com o livro de Neemias (que era contemporâneo do Malaquias), veremos que os sacerdotes esconderam todos os dízimos para si mesmos, não dando para o restante dos levitas (cf. Ne 13:4-12).

Explicação do dízimo de Malaquias 3:10 (que já estava escrito na Lei de Moisés).

Ora, as tribos de Israel eram 12 e uma delas era a tribo de Levi. Todas as outras 11 tribos deveriam dar o dízimo para a tribo de Levi (vide Núm. 18:21-24).

Os levitas pegavam seus dízimos em cada uma das cidades que eles viviam. Quando eles recebiam esse dízimo do povo, deveriam separar 10% e entregar aos sacerdotes para serem guardados em Jerusalém, no depósito do Templo chamado de “Casa do tesouro“. Esse é o dízimo dos dízimos. Veja Neemias 10:37,38 e Números 18:25-28.

Portanto, o dízimo que era levado para Jerusalém era apenas a parte destinada aos sacerdotes (Ne 10:38). O dízimo dos outros levitas não era levado para esse lugar, mas comido dentro das cidades que eles moravam (vide Núm. 18:26-31).

Estes, pois, são o dízimo dos levitas e o dízimo que era dado aos sacerdotes (dízimo dos dízimos). Acerca destes dízimos fala diretamente o famoso texto de Malaquias 3:10 e seus versículos vizinhos.

Porém também tinha o dízimo dos monarcas, isto é, dos reis de Israel (vide 1 Samuel 8:11-17), o dízimo do pobre (Deut. 14:28,29; 26:12), e o dízimo do próprio dizimista, que era comido em festividades anuais (Deut. 14:22-26).

Com isso temos ao menos 5 tipos de dízimos diferentes. Mas todos eles eram alimentos, e não dinheiro, como você mesmo pode ler em cada versículo citado.

Lendo a Bíblia de verdade podemos constatar então que o dízimo não é ordenança para a igreja cristã!

O dízimo requerido nas igrejas, portanto, não se encaixa com nenhuma das formas de dízimo da Bíblia.

O dízimo da Bíblia eram em alimentos e somente os proprietários de terras que tinham plantações e criações de gado ou rebanho é que estavam obrigados a praticar o dízimo do levita.

Além do mais, este mesmo dízimo que vimos anteriormente era o que estava em vigor na época de Jesus, por isso que os fariseus davam dízimos de hortaliças! (Mat. 23:23) Este cenário, porém, mudou depois da destruição do templo de Jerusalém no ano 70, acontecimento que levou ao fim as atividades do sacerdócio levítico.

E ainda, todos que fossem assalariados e que fossem pobres, não estavam obrigados a entregar dízimo aos levitas.

Ora, como vimos em Levítico 27:30-33, era exigido apenas dízimos de alimentos da colheita e animais do gado e do rebanho.

Mesmo já havendo dinheiro naquela época (e até antes), o Soberano não doutrinou o seu povo a dar dízimo em dinheiro. Aliás, os próprios dízimos eram vendidos por dinheiro em certas ocasiões (Deut. 14:23-26).

Nas igrejas, pelo contrário, se prega que todos os assalariados devem dar 10% do seu dinheiro como dízimo. Até mesmo as famílias mais pobres estão obrigadas a fazer isso, pois não se pode desobedecer à (pseudo) doutrina bíblica. Além do mais, os pregadores não podem dizer que o dízimo é voluntário, se está escrito na Bíblia que quem não o dá rouba a Deus (Malaquias 3:8). Então não é nada voluntário, mas obrigatório. Deste modo, quem estaria certo, os líderes que defendem o dízimo hoje em dia ou a Bíblia?

Por isso, estão caindo em grande contradição os que dizem que o dízimo é ordenança para a igreja cristã também.

Naturalmente, isso não quer dizer que não vamos mais ajudar a pagar os custos do local de culto a Deus que frequentamos: o templo. Pois somos uma comunidade e precisamos todos juntos ajudar com as despesas do local. É uma mera questão de consciência e ética, não doutrinária nem teológica.

Da mesma forma, ser contrário à (deturpada) doutrina do dízimo pregada hoje nas igrejas não significa que não vamos mais contribuir para com a obra de Deus (evangelismo, missões, ensino, louvor, etc.). Mas significa apenas que não vamos usar de artifícios, manobras ou adaptações espúrias da doutrina bíblica para persuadir, enganar ou coagir os irmãos dizendo que são obrigados, de uma forma ou de outra, a dar sempre 10% de seu dinheiro para a igreja.

Leia o estudo “Como devemos contribuir para a obra de Deus – 1º Crônicas 29” para saber como deveria ser pregada corretamente a mensagem sobre contribuição.

Se então o dízimo bíblico não é ordenança para as igrejas cristãs, quando e quem foi que inventou este atual?

Para ser mais preciso, e resumidamente, os seguintes eventos introduziram a cobrança de um suposto dízimo bíblico nas igrejas:

  • No século 6 (ano 567), no concílio de Tours, foi promulgado pela Igreja de Roma que quem não desce o dízimo como Abraão deu jamais poderia “reinar com o Cristo“;
  • No ano 585 em Macon, foi determinado que seria excluído da comunhão da Igreja quem se recusasse a pagar o dízimo (ora, nesta época, desde meados do século 4, a Igreja Católica Romana já havia se tornado a oficial no Ocidente e continente Europeu);
  • Na transição do século 7 para o 8, com o imperador Carlos Magno, a prática do dízimo foi expandida. Nesta ocasião, quem se recusasse pagar o dízimo à Igreja seria multado pelo governo.
  • Finalmente, no século 12, nos concílios de Latrão, o dízimo foi padronizado e tornou-se doutrina oficial da Igreja Católica Romana.

Foi à partir dessa sucessão de eventos que as igrejas protestantes que surgiram no século 16, e posteriormente as evangélicas, herdaram a prática de cobrar o dízimo dos fiéis.

Porém com uma série de doutrinas e liturgias deturpadas, isto é, falsamente bíblicas. Isso significa que, desde os tempos apostólicos, foram cerca de 500 anos de igreja cristã sem se trabalhar com a doutrina do dízimo. Você não vê, por exemplo, qualquer dos apóstolos no Novo Testamento cobrando o dízimo dos irmãos com o texto de Malaquias 3:10 ou Gênesis 14:20 (compare Atos 2:44,45; 4:34-37; 11:29; 2 Coríntios capítulos 8 e 9 e 1 Coríntios 16:1,2).

Todos os eventos mencionados acima são comprovados historicamente, principalmente no Documento 8 da CNBB, elaborado em uma convenção de bispos de 1969-1975.

Em suma, dar o dízimo só pode ser uma ordenança para a igreja cristã se for esta versão deturpada criada pela Igreja Católica Romana medieval. Pois os apóstolos do Senhor sempre trabalharam com as ofertas voluntárias dos irmãos, e isto sempre funcionou muito bem (vide At 2:44,45; 4:34-37; 11:29; 1ª Cor. 16:1,2; 2ª Cor. 8:1-8; 9:7).

Você também pode ler um histórico completo acerca da doutrina do dízimo no livro “7 Contradições Sobre o Dízimo Pregadas Nas Igrejas Atuais“, de minha autoria.


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12 Comments

  1. Jorge da Silva Abreu Jorge da Silva Abreu

    Boa noite.
    Com todo o respeito, permita-me discordar de você em parte. Quando você diz que dízimo não significa dinheiro, nessa parte você está correto, porém também não significa alimento ou gado, como você citou no estudo do Pentateuco, pois esqueceu-se de analisar mais profundamente o contexto histórico em que Moises o escreveu. Falarei do significado do dizimo mais tarde, antes vou reaver o contexto histórico em que o Pentateuco foi escrito e mais um pouco além.
    Os dízimos no Antigo Testamento
    Antes da Lei
    Há duas palavras no hebraico do Antigo Testamento para dízimo, que são aser e ma aser, ambas significando décima parte e dar a décima parte. Dizem respeito a prática de dar um décimo da renda ou propriedade de uma pessoa como oferta a Deus. Esse costume fora comum entre os povos pagãos, mesmo antes da regulamentação na Lei mosaica, mas da qual tomamos conhecimento pela primeira vez na Bíblia através do gesto voluntário de Abraão, que entregou dízimos ao sacerdote e rei Melquisedeque (conf. Gn 14.17-20).
    Além de Abraão, ainda antes da Lei, temos o patriarca Jacó aliançando-se com Deus para entregar os “dízimos de tudo” ao Senhor, sob a condição de que fosse conduzido em paz e fosse trazido novamente à casa de seu pai (Gn 28.22). Não sabemos em que momento e a quem exatamente Jacó entregou estes dízimos, visto que certamente Melquisedeque, a quem seu avô Abraão entregara os dízimos, não vivia mais. Em todo caso, com Abraão e com Jacó vemos a atitude espontânea (de própria iniciativa) e voluntária (sem obrigação legal) para a entrega da décima parte de suas propriedades ao Senhor.
    Após a Lei
    A nação de Israel, que na época era conhecida como o povo hebreu, aproximadamente entre os séculos XIV e XIII a.C. estava recém saída do regime escravocrata do Egito. Apesar da moeda (dinheiro) já existir a mais tempo, o povo ainda não era uma nação constituída, apenas uma sociedade nômade contendo 12 tribos no regime patriarcal, e logo que saiu do Egito, foi peregrinar no deserto, portanto não havia uma economia politizada e estruturada, as moedas começaram a ser introduzidas e circulante entre as 12 tribos de forma tímida, no comércio com outros povos locais, e estas deveriam ser raras, precisou Deus os alimentar com manja e codornizes, e suas economias era baseado na agropecuária, logo é fácil notar o porque Deus mandou escrever no Pentateuco a oferta do dízimo como parte da agricultura e parte da pecuária, apesar da agricultura só ganhar ênfase quando o povo conquistou a terra prometida. A moeda começou também a fazer parte da oferta do dízimo, quando Deus mandou fazer um recenciamento do povo (ver Êx 30:11-16) e era de duas dracmas (Siclos), portanto a partir daí, o dízimo não se restringiu somente dos frutos da agropecuária, mas também do dinheiro (moedas).
    Quando você cita 1ª Samuel 8:11-17, foi no exato momento que o povo solicitou um rei a Samuel, por causa da corrupção do sacerdócio dos filhos de Samuel, Joel e Abias, e daí para Israel fazer sua transição de sociedade tribal para monarquia foi um pulo, e se você notar, o dízimo passou ser definido com tributo ao rei, e não mais com dízimo (1ª Samuel 8:10-20) esse foi o motivo do porque nações do mundo inteiro cobram impostos obrigatórios, e não voluntário, até hoje, apesar do tributo já era cobrado no antigo Egito bem antes como ⅕ do que produziam.
    Já no tempo do profeta Malaquias, o povo tinha voltado a Jerusalém do cativeiro babilônico onde passou lá por 70 anos sem congregar no templo, e portanto já estava esquecido de reconstruir e de ofertar no templo, não só Malaquias Ml 3:10, mas também no tempo do profeta Ageu (Ag 1:1-6)
    Voltemos ao foco do significado do dízimo a saber:
    A entrega dos dízimos, sob a lei mosaica, buscava tornar os crentes solidários tanto das necessidades dos ministros do culto, como do culto propriamente e dos demais membros da comunidade que viessem a padecer necessidades. Assim, o tríplice propósito dos dízimos era:
    1. Prover sustento dos levitas (inclusive sacerdotes), que eram responsáveis pelo tabernáculo e pela adoração (Nm 18.20-24);
    2. Prover recursos para as diversas festas e sacrifícios (Dt 14.22-26, Êx 23:14-19, Lv 4-44), algumas inclusive se prolongavam por mais de um dia de alegre celebração e ação de graças, (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos);
    3. Prover fundos para ajudar os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros (Dt 14.28,29).
    O dízimo no Novo Testamento
    Não há uma doutrina sistematizada, mas…
    A viúva que lançou na arca do tesouro as únicas moedas que tinha (Lc 21.2), não ficaria sem provisão devido seu gesto de fé, visto que, como se viu no último ponto acima, a arrecadação acumulada na “casa do tesouro” retornaria para ela em provisão conforme suas necessidades.
    Aliás, visto que não havia sistema previdenciário em Israel nos dias de Jesus, é muito provável que aquelas duas únicas moedas ofertadas pela viúva já tenham sido, outrora, parte de algum auxílio que ela tenha recebido (se assim o for, a exemplo dos levitas no Antigo Testamento que também entregavam o dízimo dos dízimos a que tinham direito, esta mulher estaria entregando seu “dízimo dos dízimos” ou “oferta das ofertas”. Que exemplo!
    Não há nenhuma necessidade que seja tão grande a ponto de não nos permitir repartir e demonstrar solidariedade para com outros).
    No Novo Testamento, a palavra dízimo aparece somente seis vezes, e, com exceção de uma única ocorrência (Mt 23.23), nenhuma delas prescreve uma ordenança neotestamentária para a prática do dízimo, senão apenas mencionando a prática já existente entre os judeus (Conf. Lc 11.42; 18.12; Hb 7.5-6,8-9, nestes últimos versículos faz-se menção ao dízimo entregue por Abraão ao sacerdote Melquisedeque, que prefigurava Jesus Cristo).
    Com honestidade e franqueza é preciso dizer que nem Cristo nem os apóstolos deram aos cristãos alguma instrução específica quanto ao dízimo. O texto de Mateus 23.23 ou Lucas 11.42 refere-se a uma censura feita por Jesus aos fariseus que, rigorosamente dizimavam até mesmo das menores e insignificantes hortaliças, enquanto desprezavam valores morais imprescindíveis como justiça, amor e misericórdia, pois até eles recebiam o dízimo parte em moedas e parte em animais para o sacrifício do comércio que permitam no templo, mas só dizimavam hortaliças.
    A crítica de Jesus é contra a hipocrisia, o culto formalista e de mera aparência, desprovido da essência da lei, que era o amor a Deus e ao próximo. Vê-se isso na oração arrogante do fariseu no templo que se gabava de dar o dízimo de tudo quanto ganhava ao mesmo tempo em que tratava os demais homens com desprezo (Lc 18.11,12).
    Todavia, nesta censura de Jesus aos fariseus hipócritas têm-se o mais forte amparo neotestamentário para a continuidade da entrega dos dízimos, ainda que não mais submetido aos mesmos regulamentos complexos da lei mosaica (a graça simplifica o complexo!). Jesus não diz que os fariseus deviam abolir o dízimo em nome do amor e da justiça, antes deveriam praticar essas coisas “sem omitir aquelas”.
    Ou seja, noutras palavras, Jesus está dizendo: pratiquem acima de tudo o amor e a justiça e não deixem de oferecer os seus dízimos. Isto porque dízimos e ofertas devem ser mais que uma expressão externa de religiosidade e sim uma expressão genuína de amor e solidariedade. Embora dirigida aos fariseus que ainda viviam sob o regime da Lei, cremos que esta instrução de Jesus persiste aos cristãos, já que nada é dito em contrário.
    Conclusão: Portanto o propósito significativo do dízimo não se concentrava no valor que era ofertado, e nem numa doutrina obrigatória, e sim se baseia em ser numa doutrina voluntária numa oferta de amor ao próximo, uma aliança com Deus e também reconhecer a fidelidade de Deus (fazer a prova de Deus), esses são as essências primordiais do dízimo. E é isso que as Igrejas conclama hoje em dia, porque precisa do dízimo para que o reino de Deus na terra prevaleça.
    Jorge

    • Olá Jorge. Li todo o seu comentário, um bom comentário por sinal, embora eu não concorde mais com certos detalhes. Mas devo informar que atualmente eu tenho atualizado e corrigido certas informações em todos os estudos que já publiquei a respeito do dízimo, e vou incluir este presente estudo na próxima atualização. Paz e bênçãos.

      • Jorge da Silva Abreu Jorge da Silva Abreu

        Boa tarde Gabriel, fico feliz que tenha entendido o meu post, apesar de você não concordar com certos detalhes. E tinha um versículo em mente do Apóstolo Paulo para publicar junto com o meu post, para embasar tudo o que eu disse, só que eu esqueci de fazê-lo e é este: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” 2 Coríntios 9:7
        Jorge

      • Você fez uma boa exposição histórica a respeito do dízimo. Obrigado pela contribuição.

  2. Sergio Sergio

    Olá o dízimo e lei ou mandamento? e o primeiro a dizimar não foi Abraão ?

    • Gabriel Filgueiras Gabriel Filgueiras

      Olá Sérgio. No caso de Abraão não havia mandamento específico de Deus para se dar dízimos. O que ele fez foi voluntariamente dar uma parte dos despojos da guerra para o sacerdote. Mas leia Lv 27:30-33, Nm 18:21-24 e Dt 14:22-29 e veja se o dízimo cobrado hoje nas igrejas é o dízimo bíblico.

  3. Mariana Mariana

    Bom dia, pastor
    Na congregação que faço parte eles afirmam que o dízimo é do Senhor. Que segundo as regras de hermenêutica, um princípio dito no começo de tudo, ao exemplo de abrãão e melquisedeque em Gênesis, deve permanecer ao longo de toda história. E assim constrangem à entrega dos dízimos. Afirmam também que o dízimo era uma lei moral e não foi abolida. Como responder sobre isso?

    Meu cunhado foi afastado de suas atividades na igreja porque dava o dízimo do líquido e não do bruto 🙁
    Estamos muito triste com tudo isso. Tentamos argumentar, mas dizem ser heresia.
    Não sabemos o que fazer.

    • Mariana, nenhuma Lei de Deus foi abolida. O dízimo é uma aliança entre Deus e os israelitas, leia Números 18:21,24, por exemplo. É claro que nós temos de ajudar a pagar os custos do local que frequentamos para aprender a palavra e cultuar a Deus, pois isso é um compromisso da comunidade local. Não é necessário manipular a mensagem bíblica ou forçar a barra para conscientizar as pessoas disso. Eu sou muito claro com isso ao pregar aqui na nossa congregação, e todos ajudam de boa vontade. Quanto a situação do seu cunhado, tal fato só me parece atitude de religiosos fanáticos ou gananciosos. Me desculpe ser franco dessa forma, mas se a situação é assim como você diz, então é assim que eu vejo essas pessoas. Nós temos que ensinar e conquistar as pessoas, e não coagi-las e colocar medo nelas para que deem seu dinheiro a todo custo.

  4. ilma ilma

    Olá Gabriel. Dar a DEUS o que de DEUS. Jesus não estava falando sobre os dízimos? Pois estavam falando de dinheiro. Pode me explicar? Por favor

    • Oi Ilma, ali naquele texto se falava sobre o imposto dado a Cesar. O dízimo bíblico nunca foi dinheiro, leia Levítico 27:30-33, Deuteronômio 14:22-29. Na passagem que você está se referindo em questão nem sequer é citado dízimo.
      O dízimo em dinheiro foi uma invenção do clero da igreja católica romana medieval, e se iniciou em um concílio no ano 567. Para mais informações procure pelo estudo “o dízimo bíblico e o dízimo medieval” aqui no blog.

    • ilma ilma

      Obrigada, Gabriel!

  5. Antônio José Rosa Antônio José Rosa

    Os filhos de Jacó (Israel), eram 12. As tribos também eram 12.
    Levi e José, não receberam herança de terra, portanto.
    Levi, separado para o sacerdócio, teve como herança o próprio Deus. (Deut 18:2)
    José, morreu no Egito (Gen 50:26), Esses dois não figuram entre as 12 tribos.
    Manassés e Efraim, filhos de Jose, substituíram Levi e José na composição das 12 tribos que receberam a herança da terra prometida.
    As doze tribos teriam o nome de dez filhos de Jacó. As outras duas tribos restantes receberam os nomes dos filhos de Yossef (José) , abençoados por Jacó como seus próprios filhos. Os nomes das tribos são: Rúben, Simeão, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, Benjamim, Manassés e Efraim.

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