Não poucas pessoas, desde os tempos modernos até nossos dias, estão criando verdadeira aversão à “religião”, mesmo sem ter passado por uma experiência com ela.
Para você, a religião é um conjunto de regras construídas para fazer de seu praticante mais “santo” que o outro? É um conjunto de mandamentos que, sendo seguidos, dão a alguém o poder de desprezar ou julgar com condenação as pessoas que não são religiosas? É o que muitos estão pensando, ou o modo que muitos estão agindo, mesmo confessando que não agem assim, ou não percebendo.
Para você a religião serve como “purificador de caráter” que lhe dá a qualidade e o direito de dizer ao outro que ele vai para o “inferno” se não for religioso como você é?
Se você tem agido assim, entenda que nem mesmo Jesus agiu de tal forma (João 3:17; 12:47,48), ou se você não é religioso e tem pensado assim da religião, seus conceitos certamente estão equivocados da “religião” que o Criador verdadeiramente quer que pratiquemos.
Se você pensa assim de Deus, que Ele é mau e severo que só quer punir as pessoas que não seguem suas “regras”, está pensando mais errado ainda…
Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? (Ezequiel 18:23 ACF)
É possível dizer que a religião liberta?
Com certa frequência vemos um grupo de pessoas que parecem ser alienadas do mundo e falam como lunáticos de coisas que na vida prática parecem não fazer diferença alguma. Essas pessoas são libertas, ou atadas por sentimentos religiosos fanáticos? A Bíblia está fazendo tais pessoas ficarem loucas e fanáticas, ou a compreensão delas (ou a que transmitiram para elas), que tem uma compreensão deturpada da Bíblia, é que tem sérios problemas? Há algum culpado sim nessa história, e eu até poderia me estender mais neste assunto, mas geralmente os incrédulos só pensam em ridicularizar a Deus por certas situações e pelo modo equivocado com que adeptos da religião entendem o mundo e a vida.
Falando nos incrédulos, ou os seguidores dos incrédulos (porque muitos nem ao menos compreendem porque dizem palavras contra Deus e a religião), e quanto a aversão deles à religião? São inimigos da religião porque simplesmente veem nas pessoas maus exemplos de religiosos, ou estão revoltadas porque Deus não faz as coisas do jeito que eles julgam correto?
A religião não serve para me tornar alienado do mundo, lunático, fanático, charlatão ou idiota, e nem escravo da loucura. O intuito de Deus ao religar o homem a Si é libertá-lo. Falando deste modo, agora começamos a entrar no verdadeiro sentido de religião.
Enquanto o homem não está ligado com Deus, é escravo, seja da sua própria consciência que quer ser religiosa e por isso comete exageros e insensatez, seja do seu próprio entendimento que julga que a religião é insensata e, julgando-se liberto dela, vive de certo modo libertino e desregrado (João 8:34).
A “religião” me liberta, me mostra minhas fraquezas, e me avisa de meus extremos.
Não é para eu me tornar capaz de julgar os outros, mas para me fazer entender que eu sou tão fraco e pecador quanto qualquer outro, e que ambos necessitamos de reconciliação com o Criador, mediante a misericórdia e o perdão dele ao modo com que eu o desprezava.
A “religião” liberta porque concede ao homem o poder de enxergar o mal e desviar-se dele (Pv 27:12), a liberdade de tomar a escolha certa, com base no temor a Deus, porque agora ele alcançou o entendimento e o domínio próprio (Ef. 4:17-24).
Liberdade não é libertinagem, mas ao contrário do que muitos pensam, não se trata de se sentir livre para fazer o que quer e de modo extravagante consumir e praticar tudo que achar melhor; porém é dominar a si mesmo, ser feliz, se divertir e alegrar-se com quem somos e com o que temos, sem prejudicar a si mesmo (Luc. 9:25).
A culpa é da religião, do religioso, ou de Deus?
No entanto, embora se fale tanto de religião, a questão final não se trata de religião em si, digo de costumes, conceitos, opiniões, rituais ou liturgias, mas sim da condição de cada um para com o Criador. Porque quando se fala de religião, direta ou indiretamente, Deus “está envolvido”.
Pergunte-se: “eu estou em paz com Deus? Por que não o compreendo? Por que não o percebo na vida?”
Se você tem a consciência que essas perguntas são necessárias a si, ainda que não saiba da resposta, então talvez terá de longe uma noção do que se tratam os questionamentos que a humanidade tem se feito, começará a entender que jogar a culpa de todos os males e loucuras da vida em Deus não é a coisa mais sensata a se fazer, mas sim examinar a si mesmo e procurar saber em que é necessário se corrigir para compreender àquele que o criou; nascerá assim então tendência de buscar a resposta por uma linha inteligente e racional, qualidades que jamais devem ser separadas da fé, do contrário do que os incrédulos imaginam.
Finalmente, quando falo de religião, não falo de ritos ou de meras crenças as quais opto por seguir, ou de um conceito, dentre tantos, que eu abraço como a verdade para mim, mas falo daquele que é a luz, a verdade, o conhecimento, a sabedoria; o caminho que leva o homem de volta a Deus, à compreensão, ao bom senso e ao desprezo ao mal…
“Jesus … quem foi feito para nós sabedoria de Deus, justiça, santificação e redenção … em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. … em quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade;” (1 Cor. 1:30; Col. 2:3,9 BP)
Deixe o fanatismo, abandone a ilusão, despreze a incredulidade, em Jesus temos todas as respostas e a fé verdadeira que não foge à razão e à inteligência, pois o temor a Deus é o princípio de todo o saber (Prov. 1:7; 2:6; 9:10)
Diz o insensato no seu coração: “Não há Deus.” Corrompem-se e praticam iniquidade; já não há quem faça o bem.
Do céu Deus olha para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.
Todos se desviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Salmos 53:1-3 NAA)
Leituras sugeridas relacionadas, para crentes e não crentes:
- Cristianismo puro e simples, por C. S. Lewis;
- Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu, por Norman L. Geisler.
- O Ceticismo da fé: Deus: uma Dúvida, uma Certeza, uma Distorção, por Rodrigo Silva.
- A fé na era do ceticismo, por Timothy Keller.
Amém glórias a Deus, lindas palavras, tudo que precisamos em cada dia de nossas vida, maravilhoso estudo, louvado seja Deus por sua vida meu irmão em Cristo Jesus, que Deus te abençoe grandemente a paz do senhor Jesus a todos🙏