A ressurreição de Lázaro e a tradição judaica

Esta é uma imagem da ressurreição de Lázaro retratada na 18ª capela do famoso Sacro Monte

João conta a história da morte e subsequente ressurreição de Lázaro, cujo nome significa em hebraico “Meu Deus é minha ajuda”. O autor adverte o leitor de que o que ele está prestes a descobrir não faria sentido, a menos que o leitor tivesse em mente que Jesus amava Marta, Maria e Lázaro (João 11:5).

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Qual era o problema exatamente na ressurreição de Lázaro?

Quando todos os meios pessoais e comunitários se esgotaram e a saúde de Lázaro ainda piorou, Maria e Marta pensaram no óbvio – elas deveriam avisar seu agora famoso amigo rabino operador de milagres, para que ele pudesse vir o mais rápido possível para ajudar Lázaro.

É aqui que ocorre o detalhe impressionante que quero chamar sua atenção: Quando Jesus recebeu essa mensagem, decidiu ficar onde estava por mais dois dias (João 11:6).

Se estivéssemos lendo este texto honestamente, provavelmente não seríamos movidos a abrir um hinário e cantar o famoso hino “Que amigo temos em Jesus” (neste ponto da história ainda).

Lemos no Talmud de Jerusalém: Nos primeiros três dias após a morte, a alma flutua acima do corpo, pensando que retornará ao corpo. Quando a alma vê o corpo, que a aparência do rosto mudou, ela deixa o corpo e segue seu caminho. (Yevamot 16:3)

Mas essa ideia já estava presente no Talmude de Jerusalém na época de Jesus? A resposta é sim!

Em uma descoberta bastante recente de uma pedra antiga, encontrada na mesma localização geográfica onde também foram encontrados alguns dos Manuscritos do Mar Morto, há uma frase intrigante que pode ser traduzida como: “Em três dias, vivo, eu, Gabriel, comando você” (Pedra Revelação de Gabriel, Museu de Israel).

Embora a ressurreição de Lázaro certamente não seja o evento descrito aqui, a descoberta mostra que a ideia da ressurreição em três dias não era um conceito estranho para os antigos judeus.

Jesus esperou mais dois dias, cronometrando sua chegada de forma que chegasse a Betânia no quarto dia, quando a ressurreição não era mais possível! Quando Lázaro finalmente ressuscitou, surgiu um ponto muito importante: a ressurreição não é algo que Jesus faz, a ressurreição é algo que Jesus é (João 11:17-40).


Trecho traduzido do livro Hebrew Insights from Revelation – Jewish Studies for Christians Book 1 (Percepções hebraicas do livro da Revelação – Estudos Judaicos para Cristãos, Livro 1), por Eli Lizorkin-Eyzenberg.


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Autor: Gabriel Filgueiras

Um caco de barro que com trabalho duro está sendo moldado pelo Criador.

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