Os perigos do fanatismo religioso evangélico na igreja atual.

O fanatismo religioso evangélico é um veneno que engana e assassina a vida dos próprios crentes com Deus. Aprenda como desviar-se dele.

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O fanatismo religioso (ou a “super espiritualidade”) na igreja atual é um veneno que mata a vida com Deus dos próprios crentes!

Sem ao menos perceberem, muitos acham que estão realmente servindo a Deus, mas não enxergam o quanto já desviaram-se de seu reto caminho, e nós veremos exemplos disso neste estudo bíblico, continue lendo.

O fanatismo religioso evangélico e a “super espiritualidade” me deixam realmente muito preocupado, pois por meio destes itens o reino de Deus tem sido blasfemado por culpa dos próprios que se dizem crentes e servos de Deus (Rm 2:17-24).

Eu costumo chamar de “super espirituais” (ou exageradamente espirituais) os crentes que são mais fanáticos e inclinados às tradições religiosas, superstições, crendices, supostas experiências sobrenaturais, e que acabam ficando cegos para enxergar as necessidades daqueles que ainda não tem o conhecimento de Deus, e nem levam este conhecimento de forma racional até eles.

Muitos mestres da lei do tempo de Jesus eram super religiosos e consideravam-se super espirituais também (Mt 6:1-6,16-18; 23:23-28), porém veremos mais abaixo neste estudo bíblico que eles ficaram cegos de misericórdia e já nem entendiam mais o seu chamado para com Deus.

a oração do fariseu e do publicano lucas 18 9-14, humildade, soberba, orgulho, pecador, parábola,

Infelizmente existem crentes que estão tão fanáticos, que já não estão enxergando o verdadeiro objetivo do evangelho, e estão se corrompendo nos seus fanatismos espirituais.

Em tudo que fazem (nos cultos ou não) acham que estão certos e que estão vivenciando reais experiências com Deus, como o apóstolo Paulo antes da conversão, que era um fariseu religioso “até aos dentes”, e julgava estar fazendo um trabalho para Deus enquanto perseguia os cristãos (Jo 16:2; At 26:9-11).

Darei um outro exemplo de fanatismo religioso/espiritual nos dias de hoje, mas que o apóstolo Paulo já enfrentava nos dias dele também, preste bem atenção:

“Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem aqueles que são iletrados ou os incrédulos, não dirão que estais loucos?

Mas se todos profetizarem, e entrar um que não crê ou um iletrado, por todos é convencido, por todos é julgado.

E assim, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, prostrando-se sobre a sua face, ele adorará a Deus, relatando que Deus está verdadeiramente entre vós.”

(1 Coríntios 14:23-25 KJF)

Você percebeu o fanatismo religioso e espiritual nos versículos acima? Fanatismo este que deixa os crentes bem irracionais!

É intrigante notar que muitos crentes (de hoje em dia) acham que Deus está se manifestando na igreja quando o pregador começa a falar em línguas desconhecidas, e a igreja recebe essa “unção” e começa a responder falando em línguas desconhecidas também.

Todavia, os versículos acima mostram exatamente o contrário, que é reconhecido que Deus está na igreja quando prega-se o evangelho de maneira que todos possam entender claramente, a fim de que haja arrependimento e conversão, o que vai finalizar com adoração a Deus.

Leia também o estudo: Falar em línguas desconhecidas no microfone, veja o que a Bíblia diz sobre alo tão comum.

Isto é, se a Palavra de Deus é pregada, e a pessoa entendê-la, reconhecerá que Deus verdadeiramente está naquela igreja, mas só falar em línguas desconhecidas por todos os cantos não fará o descrente notar a presença de Deus ali (foi o apóstolo Paulo quem disse…)

Muito pelo contrário, indicará que o fanatismo religioso e espiritual está nas alturas em tal igreja. Era isto que estava acontecendo na igreja de Corinto naquele tempo, e é exatamente o que acontece ainda em muitas igrejas atuais.

Leia também o estudo 7 dicas de como pregar a Palavra de Deus na igreja sem errar.

Entende um pouco agora que a busca pela suposta super espiritualidade deixa os crentes fanáticos e cegos de entendimento?

E estes estão se enchendo não sei de qual espírito em seus cultos, julgando-se cheios do poder de Deus, mas será que o poder de Deus serve apenas para este (e outros) tipo de exibicionismo?

É o que veremos mais adiante.

microfone, cantor, músico, falando

Obs.: não sou contra o dom de falar em línguas!

O Espírito de Deus enche uma pessoa para santificar-se, vivendo para Deus, e para realizar Sua obra, da mesma forma que o Senhor Jesus Cristo realizou!

Se uma pessoa descrente entra na igreja, muito provavelmente ela chegou ali precisando de alguma coisa, seja de orientação, consolo, necessidades básicas, etc.

Geralmente um descrente, quando vai na igreja sem que alguém o convide, é porque está passando por alguma carência espiritual, emocional ou material, e foi até a ali em busca de ajuda.

Ora, enxergar, entender e atender as necessidades das pessoas é agir de misericórdia e piedade para com elas; mas se o descrente entra na igreja e vê um monte de gente fazendo coisas estranhas aos olhos dele, falando coisas que ele não entende nada, como ele encontrará ajuda naquele local?

Será que ele se sentirá a vontade para se comunicar com alguém?

Eu digo que ele muito provavelmente vai dizer como o apóstolo Paulo destacou: “aqui nessa igreja estão todos loucos!”

Em vez dos crentes se comunicarem com tal pessoa para ajudar-lhe, vão “orar” por ele para que desça sobre ele a mesma “unção” que eles também tem, julgando que é disso que o tal precisa, sem ao menos conhecer suas necessidades e dúvidas.

Vou dar outro exemplo bíblico para descrever melhor tais cristãos cegos de misericórdia e fanáticos espirituais. Encontra-se em Mateus 9:9-13.

Nesta passagem citada acima, Mateus prepara um banquete para receber Jesus em sua casa, e convida seus conhecidos para ir até lá também.

O “problema” aqui é que Mateus era um publicano, e chama outros publicanos e homens pecadores para participarem desse banquete com Jesus.

Publicanos eram cobradores de impostos do império Romano naquela época.

Em certos casos ele era um judeu escolhido por Roma para fazer a cobrança destes impostos aos seus compatriotas, por isso os publicanos judeus eram vistos como traidores da nação.

Muitos publicanos enriqueciam com dinheiro ilícito, cobrando impostos além do que era justo.

O famoso Zaqueu, por exemplo, foi acusado por seus erros enquanto Jesus estava em sua casa também (Lc 19:5-10).

Entendendo tudo isso, Jesus foi julgado por uns religiosos e doutores da lei de estar se unindo e comendo não só com estes publicanos, mas também com vários outros pecadores, estes que foram convidados por Mateus a participarem do banquete com Jesus.

Ao que o Mestre lhes responde: “Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os que estão enfermos.

Ide, pois, e aprendei o que significa isto: Eu quero misericórdia, e não sacrifício; porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento.” (Mt 9:12,13)

O crente cheio de fanatismo religioso acusa os pecadores, mas os verdadeiros crentes querem salvá-los!

conversando com pastor - aconselhamento pastoral

Quantos cristãos estão julgando outros que, de certa forma, convivem com não crentes?

Quantos crentes não querem “se misturar”, ou se aproximar de pessoas que vivem longe de Deus?

Se você está procurando por atitudes cristãs positivas, saiba que misericórdia é uma que está no caráter do Criador! E o fanatismo religioso e espiritual ofusca isso do povo de Deus, que deve ser dotado de misericórdia em seu caráter também! (Cl 3:12)

Quando olhamos para alguém bêbado, drogado, ladrão, alguém prostituindo-se, um caloteiro, etc., olhamos com desprezo e repugnância, ou enxergamos ali alguém carente da misericórdia e do conhecimento de Deus?

Nos afastamos do tal porque somos santos e não podemos nos misturar com esses tipos de pessoas, ou nos aproximamos com intenção de trazer a luz de Cristo até tal pessoa, e levá-la ao arrependimento, para conhecer e converter-se a Deus? (Mt 5:14-16)

Leia também o estudo como ser um cristão que dá bons frutos para Deus.

Se não estamos olhando para pecadores (como nós fomos um dia) com olhar de misericórdia, precisamos reavaliar então para que fomos chamados!

“Sede, pois, misericordiosos, assim como vosso Pai também é misericordioso.

Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados;”

(Lucas 6:36,37 KJF)

O verdadeiro crente do mundo é diferente, ele é misericordioso e convive com pecadores, não para consentir em suas práticas pecaminosas, mas para dar continuidade ao ministério do Senhor de salvar os doentes espirituais; pessoas que precisam de ajuda até mesmo para enxergarem e reconhecerem o quanto precisam de Deus e de salvação.

“Que a misericórdia e a verdade não te abandonem; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração;”

(Provérbios 3:3 KJF)

Os verdadeiros crentes, que se desfazem do fanatismo religioso, lamentam pelo estado de pecado dos que ainda não se reconciliaram com Deus (Sl 119:136), e mobilizam-se de alguma forma para salvá-los (Tg 5:19,20)

Se você tem um chamado para com Deus, não hesite em cumpri-lo com dedicação e fervor, entendendo para o que de fato o Senhor te chamou!

Se quiser identificar um pouco mais se você tem fanatismo religioso e espiritual em si, leia o estudo 8 perigos da religiosidade que você deve ficar atento.

Mas saiba que, independente do teu chamado na obra de Deus, todos nós temos a mesma missão de nosso Mestre, veja abaixo:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o evangelho aos pobres;

ele enviou-me para curar aos quebrantados de coração, para pregar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, e para pôr em liberdade os oprimidos, para pregar o ano aceitável do Senhor.”

(Lucas 4:18-19 KJF)

Se você (assim como eu) sente que foi chamado para essa missão, se seu coração está fervendo em amor para fazer assim a obra de Deus, veja abaixo alguns métodos e mini treinamentos que te ajudarão.

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Autor: Gabriel Filgueiras

Um caco de barro que com trabalho duro está sendo moldado pelo Criador.

Um comentário em “Os perigos do fanatismo religioso evangélico na igreja atual.”

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