História da Bíblia Sagrada e a polêmica dos livros perdidos

A história da Bíblia Sagrada é mesmo muito grande, cheia de curiosidades, polêmicas e coisas interessantes.

Este estudo vai te trazer informações básicas, porém muito importantes, sobre a história da Bíblia Sagrada e de seus livros perdidos, além de outras curiosidades sobre seu conteúdo que você poderá usar em informativos e em suas ministrações também.

Este estudo sobre a história da Bíblia é um ponta pé inicial para você adquirir alguns conhecimentos e fazer mais pesquisas posteriormente para aprender mais.

Na Bíblia conhecemos a história de toda criação humana, de como o homem caiu em pecado contra seu Criador e também como Deus relaciona-se com o ser humano desde então.

A Bíblia é o livro mais vendido e mais lido de todos os tempos, e também é fonte de inspiração para milhares de outros livros no mundo inteiro, em vários idiomas e isto a centenas de anos.

A Bíblia possui mais de seis bilhões de cópias em todo o mundo, uma quantidade sete vezes maior que o número de cópias do 2º colocado da lista dos livros mais vendidos, O Livro Vermelho, segundo o Wikipedia.

Os apóstolos Pedro e Paulo afirmam que as Escrituras Sagradas são fruto de inspiração do Espírito Santo, ou seja, inspiração de Deus, e que elas nunca foram produzidas da vontade particular de homem algum.

Porque a profecia não veio no tempo antigo por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram à medida que eram movidos pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:21 KJF)

“Toda Escritura é dada pela inspiração de Deus, e é proveitosa para doutrina, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3:16 KJF)

Nosso Senhor Jesus Cristo também confirma que as Escrituras da Bíblia Sagrada são de inspiração divina.

Jesus, respondendo, disse-lhes: Vós errais, não conhecendo as escrituras, nem o poder de Deus. (Mateus 22:29 KJF)

A Bíblia Sagrada é uma fonte de vida para os que creem em Jesus Cristo, mas uma verdadeira fonte de polêmicas e controvérsias para os incrédulos.

Felizes são os que a estudam tendo a intenção de trazer Cristo para dentro de seu coração e amá-lo! (Jo 14:23)

Os que não creem no Filho de Deus, porém, tentam difamá-la, destruí-la, e certos religiosos tentam até modificá-la; ela é uma verdadeira pedra de tropeço para os tais.

Como [Paulo] em todas as suas cartas, fala sobre estas coisas, nas quais há algumas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, e como o fazem também as outras Escrituras, para sua própria perdição. (2 Pedro 3:16 KJF) – [colchetes do autor]

Estude a Bíblia com a intenção de amar a Deus e conhecê-lo, convertendo-se a Ele, e encontrará tudo que precisa nesta vida: Jesus Cristo, o Senhor! (Mt 13:45-46)

Como bebês recém-nascidos, desejai o leite sincero da palavra, a fim de que assim possais crescer, se é que já provastes que o Senhor é benévolo.
Chegando-vos para ele, como para uma pedra viva, reprovada, de fato, pelos homens, mas eleita por Deus, e preciosa.

Vós também, como pedras vivas, sois edificados uma casa espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.
Porquanto também a Escritura contém: Eis que ponho em Sião a principal pedra angular, eleita e preciosa; e aquele que nela crer não será confundido.

E assim para vós, os que credes, ele é precioso, mas para os desobedientes, a pedra que os construtores reprovaram, essa mesma foi feita a principal da esquina.
E uma pedra de tropeço e rocha de ofensa, também para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. (1 Pedro 2: 2-8 KJF)

Quando a Bíblia foi escrita?

pergaminho, manuscrito, tinta, pena, escrita

De acordo com a tradição aceita pela maioria dos cristãos, baseada em várias informações das datas de seus livros, a Bíblia foi escrita por cerca de 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento), e entre 45 d.C. e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.

Sim, isso mesmo! A Bíblia completa que você tem hoje em mãos levou um período de 1600 anos para ser escrita!

Isto quer dizer que tem muita história da Bíblia pra explorar ainda, não é verdade?!

História da Bíblia – a formação cânon bíblico do Antigo Testamento

Antigamente a Bíblia não era um conjunto de livros como vemos hoje, o cânon bíblico, isto é, a junção dos livros da Bíblia aceitos como inspirados por Deus, começou a ser elaborado por volta dos anos 400 a 100 a. C., (livros do Antigo Testamento), principalmente para formar a Septuaginta, a Bíblia grega que foi traduzida diretamente do hebraico para compor a biblioteca de Alexandria (séculos III e IV a. C.).

Ainda por volta do ano 100 d. C. aconteceu o concílio de Jâmnia, onde rabinos judeus reuniram-se e, sob alguns critérios, confirmaram quais deveriam ser os livros que formariam o cânon bíblico do Antigo Testamento.

História da Bíblia – a formação do cânon bíblico do Novo Testamento

Quanto ao cânon bíblico do Novo Testamento, isto é, a junção dos livros e cartas aceitas como inspiradas por Deus, apesar das comunidades cristãs já no século I trabalharem com alguns livros em conjunto, só em 393 d. C. os livros do Novo Testamento foram aceitos oficialmente como um cânon bíblico, no concílio de Hipona.

A inspiração divina de alguns livros e/ou cartas foi sendo discutida ao longo da história por diferentes denominações de igrejas, como as cartas de Tiago, Judas, 2 Pedro, Apocalipse, etc.

Informações completas sobre o desenvolvimento do cânone do Novo Testamento neste artigo aqui no Wikipedia.

Quantos livros, capítulos e versículos tem a Bíblia Sagrada?

A Bíblia não era dividida em capítulos até cerca do ano 1227, quando o cardeal Sthepen Langton os criou, e não apresentava versículos até ser assim dividida em 1551 por Robert Stephanus.

A Bíblia, na versão portuguesa de João Ferreira de Almeida, possui 66 livros, 1189 capítulos, 31173 versículos, 773692 palavras e 3.566.480 letras. em tudo isso, há menos de 0,5% de falhas.

Informações sobre o Antigo Testamento na história da Bíblia.

A história da Bíblia ao longo dos anos nos mostra que a quantidade de livros do Antigo Testamento ainda é uma questão polêmica nos dias de hoje, pois ela varia de religião para religião ou de denominações de igrejas diferentes.

Não só a Bíblia dos cristãos protestantes, mas também o Tanakh judaico possuem apenas 39 livros.

Mas a Bíblia da Igreja Católica possui 46, e a da Igreja Ortodoxa geralmente possui 51.

Os sete livros adicionais no Antigo Testamento existentes na Bíblia católica, são conhecidos como deuterocanônicos para os católicos e apócrifos (não inspirados por Deus) para os protestantes.

O mesmo se aplica aos livros da Bíblia ortodoxa, que pode vir a ter mais livros.

Abaixo você confere os 7 livros adicionais apócrifos da Bíblia católica, que foram aceitos como autênticos primeiramente no ano de 382 d.C., no concílio de Roma.

  1. Tobias
  2. Judite
  3. Sabedoria
  4. Eclesiástico
  5. Baruc
  6. 1º Macabeus
  7. 2º Macabeus

Muitos estudiosos afirmam que estes livros foram escritos no período interbíblico, ou seja, durante os 400 anos de “silêncio profético” que  aconteceram antes da vinda de Cristo em carne aqui na Terra, depois dos judeus retornarem do exílio babilônico, em cerca de 543 a. C.

Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado nessa época, pois a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa, por isso é chamada de “silêncio profético”.

Nota: existem outros livros que não foram incluídos na Bíblia dos protestantes; existe uma série de outros livros perdidos da Bíblia que você confere mais a frente neste estudo.

Informações sobre o Novo Testamento na história da Bíblia.

Foram mais de 5000 manuscritos utilizados para fazer traduções do Novo Testamento.

Manuscrito bíblico é o termo utilizado para referir-se a qualquer cópia feita à mão à partir de um outro manuscrito original da bíblia, como as cartas dos apóstolos, por exemplo.

o que é um manuscrito bíblico ou pergaminho

Você pode ver uma situação real disso no filme de Policarpo, um discípulo do apóstolo João que viveu por volta do ano 100 d.C.

Os apóstolos escreveram suas cartas para as igrejas e estas, por sua vez, as reescreveram para outras igrejas ou pessoas (ou escreviam cópias das cartas originais e as mantinham consigo, enquanto enviavam as originais dos apóstolos para outra igreja – leia Colossenses 4:16).

Isto nos indica que haviam dezenas ou até centenas de cópias das cartas dos apóstolos circulando em toda a região da Ásia menor, dentre outras regiões, já no tempo em que eles viviam.

Algumas cartas eram enviadas para diversas regiões, o que nos dá a entender que haviam várias cópias delas feitas pelos próprios apóstolos ou por algum escriba/copista de sua confiança (1 Pe 1:1).

Todas essas cópias (que cresceram até chegar ao número de cerca de 5000 no século 6, pelo menos) foram usadas posteriormente para compor o que em 1633 foi chamado de textus receptus, pelos irmãos Bonnaventura e Abraão Elzevir, que fizeram uma publicação do Novo Testamento baseado nesse conjunto de manuscritos.

Antes disso, em 1516, com a chegada da imprensa, o teólogo e padre católico Erasmo de Roterdão foi o primeiro a fazer uma compilação dos manuscritos bíblicos provenientes de Bizâncio e publicá-los.

Após este tempo uma série de outras publicações foram baseadas no textus receptus.

textus receptus erasmo
textus receptus erasmo

A tradução da Bíblia de João Ferreira de Almeida de 1681 é baseada no textus receptus, assim como a tradução de Lutero e a famosa tradução do rei James (King James), que é a mais lida do mundo desde 1611 no idioma inglês.

Com o passar do tempo e novas descobertas de manuscritos bíblicos, outras traduções foram surgindo, mas não baseavam-se mais no textus receptus, que possui o texto mais completo, confiável e concordante do Novo Testamento.

As traduções da Bíblia de nossa atualidade que continuam extremamente fiéis ao textus receptus são a King James Fiel – KJF (a que recomendo por padrão), que é a versão em português do rei James de 1611, e a Almeida Corrigida Fiel – ACF.

Traduções modernas da Bíblia como ARA, NVI e NTLH, por exemplo, são baseadas principalmente em manuscritos como o códice Vaticanus e o códice Sinaítico, alvos de algumas controvérsias e diversas faltas se comparados ao textus receptus.

Eu escrevi um e-book contendo várias dessas diferenças, baixe-o no final deste estudo.

Eu, particularmente, faço uso de algumas traduções da Bíblia durante os estudos, mas prefiro confiar e utilizar com mais frequência as traduções mais fiéis ao textus receptus pelos seguintes motivos abaixo:

Em 1453 d. C., alguns eruditos fugiram do Oriente para o Ocidente devido a invasão de militares islâmicos.

Eles trouxeram consigo mais de 5000 cópias de manuscritos contendo partes ou todo o Novo Testamento, todos de origem bizantina, ou seja, provenientes do império bizantino (Roma oriental), onde Antioquia da Síria era localizada.

  • Antioquia da Síria era a segunda sede do cristianismo depois de Jerusalém, e foi onde o apóstolo Paulo, juntamente de Barnabé (além de Silas), recebeu seu chamado missionário (At 13:1-2).
  • Foi também nesta cidade que Paulo pregou seu primeiro sermão, e onde os discípulos de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos (At 11:26).
  • Mais tarde a Antioquia veio a ser chamada de Bizâncio, o que originou o nome dos manuscritos bíblicos bizantinos, os mesmos usados para criar o famoso textus receptus (impressões em grego do Novo Testamento).

Logo, podemos afirmar que as traduções da Bíblia King James Fiel e Almeida Corrigida Fiel, por exemplo, são as mais fiéis ao que os apóstolos de Cristo escreveram, pois são provenientes diretamente da região onde o cristianismo teve sua segunda sede, a cidade onde o apóstolo Paulo e outros discípulos, não pouco importantes, congregavam.

Então é de se imaginar que nesta mesma região da Síria haviam manuscritos bíblicos fiéis, fato comprovado na concordância de pelo menos 99% do conteúdo contido em 5000 manuscritos datados dos anos 800 – 1450 aproximadamente (os mais antigos desgastaram-se por causa de seu intenso uso pelas igrejas e comunidades cristãs, ou seja, os manuscritos bizantinos são cópias provenientes de outras cópias dos manuscritos originais que circulavam em Antioquia da Síria além de cidades circunvizinhas).

Alguns trechos que se diferem entre uns manuscritos e outros não geram grandes diferenças no texto bíblico, a não ser aquelas que os próprios homens/religiosos “polemizam“.

A palavra Bíblia vem do grego biblion (livro). Já a palavra manuscrito vem do latim manu (mão) e scriptum (escrito).

O estudo de manuscritos bíblicos é de grande importância para se compreender a história da Bíblia por completo, e de suas traduções.

manuscrito antigo
manuscrito antigo – imagem ilustrativa

Todo cristão deveria ao menos ter informações básicas sobre os manuscritos originais da Bíblia, pois como poderíamos estudar e acreditar num livro que nem sabemos de onde veio e nem tão pouco o que ele passou ao longo da história, ou quem traduziu para nosso idioma?

A primeira pessoa a traduzir a Bíblia Sagrada para o português foi João Ferreira de Almeida, um ministro pregador da Igreja Reformada, nas Indias Orientais Holandesas.

A tradução do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida foi publicada pela primeira vez em 1681, em Amsterdam.

Ele faleceu antes de concluir a tradução dos livros do Antigo Testamento, chegou até os versículos finais do livro de Ezequiel.

Trechos da Bíblia que fazem referências a livros apócrifos (ou deuterocanônicos).

Antes de começar a falar deste tópico sobre os livros apócrifos, é importante você saber que a Bíblia que temos atualmente é a fonte completa de estudo teológico, isto é, a respeito de Deus, pois toda ela concorda com as sãs palavras de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e Sua vida.

Portanto, muito cuidado para não ficar perdido em questões polêmicas sem sentido ou proveito, evita as questões tolas e sem instrução, sabendo que produzem contendas; Porém crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (2 Tm 2:23; 2 Pe 3:18)

Visões do profeta Daniel que são cumpridas, mas seu cumprimento não é relatado na Bíblia Sagrada.

O profeta Daniel fala sobre a existência do rei Antíoco Epifânio, e diz até como ele chegaria a ser rei, pois ele não era herdeiro de nenhum trono, por isso Daniel em sua visão o vê como um pequeno chifre que surgiu depois de 3 outros (Dn 7:7-8, 19-21).

Mas os livros canônicos da Bíblia não falam dele em lugar nenhum, todavia o livro dos macabeus (que existe na Bíblia Católica) dá detalhes sobre como foi o seu governo logo no início de seus capítulos.

Por isso, muitos estudiosos da bíblia consideram estes livros apócrifos como fonte de consulta história, mas não teológica.

Podemos dizer que seus autores relataram acontecimentos que de fato são reais, mas como não receberam inspiração divina, ao falar de Deus muitas vezes diziam coisas erradas, pois não tinham o Espírito Santo os inspirando e ensinando, ou mesmo um anjo do Senhor lhes revelando as coisas de Deus, como aconteceu com o profeta Daniel.

O profeta Daniel também relata como viriam a existir 4 grandes reinos no mundo, assim como seriam seus reinados (Média, Pérsia, Grécia e Roma – Daniel 7:1-7,17),

Também tem uma visão do reino da Grécia, liderado por Alexandre o Grande (20/21 de julho de 356 a.C. — 10 de junho de 323 a.C.).

Daniel registra em sua visão que Alexandre morreria ainda no auge de seu poder, e que seus reinos conquistados seriam divididos (Dn 8: 8), informações que não são registradas com detalhes na Bíblia, mas são confirmadas na história, que podemos conferir em livros e pesquisas na internet.

Os 4 chifres que aparecem na visão de Daniel 8: 8 provavelmente fazem referência aos generais de Alexandre, o Grande, que ficaram com o seu reino; ou no mínimo tratavam-se das 4 guerras que aconteceram entre eles, chamadas de guerras dos diádocos. Isto está melhor explicado quando Gabriel explica a visão ao profeta em Daniel 8: 19-26.

Daniel registra visões em que o reino da Grécia, sob o comando de Alexandre, o Grande, tem vitória sobre a Pérsia (Dn 8:1-8), fato que aconteceu em 334 – 331 a. C. justamente na época do período interbíblico, isto é, na transição do Antigo para o Novo Testamento bíblico, também chamado de período do silêncio profético, pois nenhum profeta de Israel fala ao povo por um espaço de cerca de 400 anos.

Outros livros da Bíblia que contem citações de livros apócrifos

O discípulo Judas, irmão de Tiago e do Senhor Jesus Cristo, faz pelo menos duas referências a livros apócrifos em sua carta no Novo Testamento.

A carta tem apenas 1 capítulo. No versículo 9 ele fala sobre a briga que Satanás teve contra Miguel, em disputa pelo corpo de Moisés após sua morte.

Este acontecimento não é registrado em nenhum momento no Antigo Testamento, mas era tradicionalmente aceito entre os judeus contemporâneos a Cristo e aos apóstolos.

O relato deste acontecimento também é atribuído a uma parte perdida de um antigo livro chamado a Assunção de Moisés (ou Testamento de Moisés), que relata um certo diálogo entre Moisés e Josué antes de sua morte (Dt 34).

pedaço de manuscrito, página, livro perdido da bíblia (ilustração

Judas também fala de uma profecia de Enoque no versículo 14, que está registrada no livro apócrifo de Enoque, no primeiro capítulo.

Em 2 Timóteo 3:8 o apóstolo Paulo fala de dois homens chamados Janes e Jambres, que resistiram ou disputaram contra Moisés; mas em nenhum dos 5 primeiros livros da Bíblia (Pentateuco) estes homens aparecem.

Isto nos leva a entender que os apóstolos em sua época tinham outros livros históricos que eram fontes de relatos confiáveis.

Alguns estudiosos da Bíblia sugerem que estes homens eram os magos que Faraó mandou chamar para fazer encantamentos contra Moisés (Êx 7:11).

Lista dos livros “perdidos” da Bíblia Sagrada.

Livros perdidos no Antigo Testamento.

  1. Livro das Guerras (Números 21:14);
  2. Livro de Jasar (Josué 10:13; 2 Samuel 1:18);
  3. Livro dos Estatutos (1 Samuel 10:25; ver também Deuteronômio 17:14; 1 Samuel 8:10-17);
  4. Livro dos Atos de Salomão (1 Reis 11:41);
  5. Livro de Natã (1 Crônicas 29:29; 2 Crônicas 9:29);
  6. Livro de Gade (1 Crônicas 29:29);
  7. Profecias de Aías (2 Crônicas 9:29);
  8. Visões de Ido (2 Crônicas 9:29; 13:22);
  9. Livro de Semaías (2 Crônicas 12:15);
  10. Livro de Jeú (2 Crônicas 20:34);
  11. Atos de Uzias, Escrito por Isaías (2 Crônicas 26:22);
  12. Livros dos Videntes (2 Crônicas 33:19);
  13. Profecias de Enoque (Judas 14).

Escritos perdidos do Novo Testamento (ou seja, somente mencionados, mas infelizmente totalmente perdidos).

  1. Uma carta anterior de Paulo aos coríntios (1 Coríntios 5:9);
  2. Primeira carta de Paulo aos efésios perdida (Efésios 3:3);
  3. Carta de Paulo a Laodicéia (Colossenses 4:16).

Os livros da Bíblia Apócrifos (Escritos do Velho Testamento).

Nota: Alguns destes livros foram tirados de fontes da internet, portanto, a existência dos mesmos é questionável, visto também que não há referências bíblicas para os tais.
Se quiser pode enviar seus conhecimentos sobre estes livros nos comentários deste estudo no final dessa página.

  • Tobit
  • Judite
  • Adição do livro de Ester
  • Sabedoria de Salomão
  • Eclesiásticos, ou a Sabedoria de Jesus
  • Baruque
  • A carta de Jeremias
  • Oração de Azarias
  • Canção dos três Judeus *(Estes são os livros perdidos de Daniel.)
  • Susana
  • Sino e o Dragão
  • 1 Macabeus
  • 2 Macabeus
  • 3 Macabeus
  • 4 Macabeus
  • 1 Esdras
  • 2 Esdras
  • Oração de Manassés
  • Salmo 151

Escritos do Novo Testamento que foram eliminados, mas mencionados.

Livro de Maria

(Os seguintes textos perdidos são mencionados em História Eclesiástica, de 337 d.C., pelo bispo Eusébio de Cesaréia, o qual os suprimiu por considerá-los “heresias”).

  • Atos de Paulo
  • Atos de André
  • Atos de João
  • O Protevangelho
  • Infância I
  • Infância II
  • Cristo e Abgarus
  • Nicodemos
  • O Credo dos Apóstolos
  • Laodicenses
  • Paulo e Sêneca
  • Paulo e Theca
  • Revelação de Pedro
  • Epístola de Barnabas
  • O Evangelho Perdido de Acordo com Pedro
  • Evangelho de Thomas
  • Evangelho de Matias
  • Clemente I
  • Clemente II
  • Efésios (II)
  • Magnésios
  • Tralians
  • Romanos (II)
  • Filadelfians
  • Smaraneas
  • Policarp
  • Filipenses (II)

(Algumas destas podem ser referência nos escritos por Marcion, 150 d.C., e Muratoria, 170 d.C.)

  • Sheppard de Hermas
  • Hermas I (Visões)
  • Hermas II (Mandamentos)
  • Hermas III
  • Cartas de Herodes e Pilatos (Ref. Para o julgamento de Cristo)

Os seguintes são uma lista de Escritos Apócrifos que não mais existem; no entanto, eles são mencionados e referidos em outros, mais recentes, no século 4 d.C.

  • O Evangelho de André
  • Outros livros abaixo de André
  • Evangelho de Afiles
  • O Evangelho de Acordo com os Doze Apóstolos
  • O Evangelho de Barnabé
  • Os Escritos de Bartolomeu, o Apóstolo
  • O Evangelho de Bartolomeu
  • O Evangelho de Basilides
  • O Evangelho de Cernithus
  • A Revelação de Cernithus
  • Uma Epístola de Jesus Cristo para Pedro e Paulo
  • Vários outros livros abaixo do nome de Cristo
  • Uma Epístola de Cristo (produzido por Manichees)
  • Um Hino, ensinado por Cristo para seus Discípulos
  • O Evangelho de Acordo com os Egípcios

Observações finais sobre a história da Bíblia e os livros perdidos.

Caro leitor e irmão em Cristo, embora estes livros nos despertem a curiosidade e alguns deles tenham sido até mesmo citados na Bíblia, precisamos tomar muito cuidado com tais conhecimentos que estes nos transmitem.

Sei que muitos leitores e pesquisadores da bíblia poderão ficar curiosos em busca de mais informações e navegarão na internet em busca delas, mas quero deixar aqui meu sincero apelo para que não fiquemos nos envolvendo em questões loucas e sem instrução, ou teorias que não são construtivas.

Muitos livros foram excluídos do cânon bíblico por causa das controvérsias ou contradições que tinham em si; outros perderam-se e não existem, deve ter algum motivo para isto ter acontecido.

Infelizmente eu tenho visto que nos dias de hoje são pessoas demais envolvendo-se em questões polêmicas e loucas, o excesso de conhecimento mal usado para alguns tem causado a verdadeira ruína de sua fé.

Todos os 66 livros que temos na Bíblia atualmente, como eu já disse antes neste estudo, estão concordantes com os ensinos e a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, por isso eles são as fontes mais confiáveis de conteúdo que temos.

Acreditamos que o Espírito Santo guiou a Palavra de Deus de que precisamos até nossos dias, e focamos no necessário para gerar em nós uma fé salvadora no Filho de Deus.

Portanto, ao fazer pesquisas ou ler qualquer um destes livros que são encontrados pela internet, não faça nada fora da direção do Espírito Santo.

Eu mesmo, no momento que escrevo estes parágrafos finais (14/02/2018) tenho diversos destes livros, e tenho curiosidade de lê-los e já até iniciei a leitura de alguns, mas não prossegui, devido a prioridades de estudo que tenho colocado como metas.

Que a graça do Senhor Jesus esteja contigo.

“Continua a lembrar essas orientações a todos, advertindo-os solenemente na presença de Deus, para que não se envolvam em discussões acerca de teorias vazias;

isso não produz nada de bom, e serve tão somente para perverter os ouvintes.

Procura, isto sim, apresentar-te aprovado diante de Deus, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a Palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:14-15 KJA)

Quer continuar aprendendo mais sobre a história da Bíblia e seus manuscritos?

Baixe o e-book As verdades por trás das traduções da Bíblia que escrevi, e saiba de mais detalhes e diferenças entre as traduções das Bíblias que temos atualmente.

e-book pdf: as verdades por trás das traduções da bíblia sagrada que você precisa saber - Gabriel Filgueiras

Algumas fontes de consulta utilizadas neste estudo sobre a história da Bíblia:

Viu alguma informação errada neste estudo e gostaria de sugerir uma correção? Fale comigo nos comentários ou envie e-mail para [email protected], ficarei muito grato 🙂

Se você conhece outras informações interessantes sobre a história da Bíblia Sagrada semelhantes a estas relatadas neste estudo, compartilhe com outros leitores nos comentários.

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Autor: Gabriel Filgueiras

Um caco de barro que com trabalho duro está sendo moldado pelo Criador.

31 comentários em “História da Bíblia Sagrada e a polêmica dos livros perdidos”

  1. Que a Paz de Deus e de Jesus Cristo, esteja convosco. Estou impressionado com seu texto, muito bem explicativo e de forma bem agradável para leitura. Enquanto mais leio, mais quero ler. Deus Abençoe pelo conteúdo publicado.

  2. Muito bom o texto, linguagem simples e bem didático. Sugiro apenas que observe que a cidade de Bizâncio ficava na Turquia e não na Síria. Bizâncio foi tomada por Constantino e passou a se chamar Constantinopla, hoje é a atual Stambul.
    Fico muito grata pelo texto o qual me ajudou imensamente.

  3. Muitíssimo grato a Deus e a você irmão Gabriel Filgueiras se assim chama-lo por está abrindo a minha mente com com este conhecimento que o senhor Jesus o concedeu .que a luz do Espírito Santo continue te iluminado mais e mais. Paz do senhor Jesus e ua ótima noite pra você e toda família

  4. Gostaria muito de ter acesso a esses livros que vc tem armazenados na nuvem. Pois tenho se de de conhecimento , muitas duvidas e muitas perguntas sem respostas.
    Ajuda-me por favor a saciar essa sede.

    1. Oi irmã Lilian, eu aconselho muito buscar conhecimento em oração e sob a direção do Espírito Santo, focando no que é importante antes: estudar a Palavra com a intenção de trazer Cristo para dentro de seu coração (1Pe 3:15)
      Mas me envie um e-mail para eu compartilhar contigo os ebooks [email protected]
      Um abraço.

  5. Bom esse estudo! Não tinha eu ainda conhecimento algun sobre esses livros.
    Deus te abençoa Gabriel por me enviar esse estudo

    1. É realmente uma questão muito interessante meu irmão e cheia de informações curiosas, mas devemos pesquisar tudo com cuidado e focar no que realmente edifica e concorda com as Escrituras que o SENHOR e os apóstolos já nos confirmaram como verdadeiras. Deus continue te abençoando, um abraço.

  6. Um rico estudo.
    Algumas informaçoes aqui que ganhei nesse estudo pela primeira vez na vida, refiro os livros perdidos.
    Continue assim irmao Gabriel.
    Deus ti abênçoe ricamente

    1. Amém meu irmão, fico feliz de ter lhe ajudado a aprender mais um pouco sobre a Bíblia. Estou preparando uma série de mensagens via e-mail explicando mais detalhes de como a Bíblia foi formada, serão mais de 300 mensagens com muito conteúdo edificante. Fique por dentro aqui no blog que quando estiver pronto você será notificado. Um abraço.

  7. quero saber porque se ivalidou-se alguns livros da biblia catolica pelos pentecostis. qual prova que certifica que os livros nao foi pela revelaco do espirito santo?

    1. Oi Victorino. Estes livros não foram invalidados pelos pentecostais/protestantes atuais, como muitos imaginam; mas antes, foram excluídos dos livros da bíblia por judeus, dentre outras pessoas, antes mesmo de Cristo ter nascido. Você vai ver mais abaixo neste comentário aqui.
      Eu não tenho nenhum estudo completo preparado a respeito deste assunto ainda, mas separei para você um comentário do manual de discernimento bíblico de Harold L. Willmington que tenho em casa falando a respeito disso, e também um documento no site Scribd te dando mais detalhes de algumas heresias contidas nestes livros para que você analise, ok?!

      O documento no Scribd você pode ver aqui -> https://goo.gl/YkNdfp

      Segue o comentário do manual de discernimento bíblico:
      “Depois de os judeus reconhecerem que o cânon do Antigo Testamento estava oficialmente encerrado e antes do período do Novo Testamento, surgiu um corpo de literatura, hoje comumente mencionada como livros apócrifos. O sentido literal de apócrifo é “o que está escondido”. O termo refere-se à quatorze livros que foram incluídos na Septuaginta grega, mas não no antigo Testamento hebraico. A igreja católica romana aceita os livros apócrifos, e eles aparecem na Bíblia católica romana e em várias outras versões dela.
      Todos os livros apócrifos são: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, adições a Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Epístola de Jeremias, Baruque, Cântico dos três mancebos, Suzana, Bel e o dragão, Oração de Manassés, 1 Macabeus e 2 Macabeus.
      Os motivos para rejeitar os livros apócrifos incluem os seguintes:

        Os livros apócrifos nunca foram incluídos no cânon do Antigo Testamento por autoridades reconhecidas, como os fariseus e Esdras.
        Os livros, sem exceção, não são citados por nenhum dos escritores do Novo Testamento.
        O grande historiador judeus Flávio Josefo excluiu-os.
        Os pais da igreja primitiva os excluíram.
        O tradutor bíblico Jerônimo não os aceitou, apesar de ter sido forçado pelo papa a incluí-los na Bíblia Vulgata em latim.
        Os quatorze livros, sem exceção, reivindicam inspiração divina; na verdade, alguns deles renunciam a ela.
        As falsas doutrinas, como por exemplo orar pelos mortos, são ensinadas por alguns deles.
        Os livros apócrifos não são encontrados em nenhum catálogo de livros canônicos compostos durante os primeiros quatro séculos depois de Cristo. Na verdade, foi só em 1546, no Concílio de Trento, que a Igreja Católica romana reconheceu oficialmente esses livros, basicamente em uma tentativa de fortalecer determinadas doutrinas que tinham sido solapadas pelos reformadores.


      Espero com isto ter lhe ajudado, havendo mais dúvidas estou à disposição para responder.

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