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A escravidão na Bíblia (Deuteronômio 15:12-18)

O texto de Deuteronômio 15:12-18 nos revela algumas coisas interessantes a respeito da escravidão entre os israelitas antigos. Pois quando ouvimos falar nessa palavra (escravidão) geralmente pensamos em seres humanos sofrendo maus tratos, injustiças e sendo submetidos a trabalhos forçados. No entanto, a escravidão na Bíblia não é bem assim, pois em Israel o escravo tinha direitos!

A escravidão na Bíblia e os direitos dos “escravos” israelitas.

Ora, uma pessoa se tornava escrava quando empobrecia muito, não tendo condições nem mesmo de alimentar a si mesma. Então ela “se vendia” a alguém em troca de seu sustento.

Contudo, ao fim de cada 7 anos, no ano da remissão, o escravo tinha o direito à liberdade! (v. 12). Além disso, ao ser despedido, não deveria ir de mãos vazias, antes seu dono deveria lhe fornecer provisões para a sobrevivência (vs. 13-14).

É notável com isso que Deus está ensinando aos israelitas não ficarem contentes com o sofrimento dos outros. Por isso Ele os recorda que foram escravos e maltratados no Egito antigo, então não deveriam “pagar com a mesma moeda” (v. 15).

Além do mais, o escravo poderia decidir não ir embora e permanecer com seu senhor, caso quisesse (v. 16). Isso indica que ele não estava sendo maltratado. Então se assim podemos dizer, a escravidão na Bíblia, isto é, em Israel, era como uma espécie de prestação de serviços, e não necessariamente havia injustiça social e maus tratos por parte do dono do escravo. Ademais, o v. 18 revela que, na verdade, os “escravos” também tinham um salário-mínimo!

Finalmente, no v. 17 lemos que, quando um escravo ou escrava decidisse por ficar com seu senhor, este deveria lhe furar uma das orelhas como sinal de sua decisão, e assim ficaria com ele para sempre. Isso possivelmente inspirou Davi a escrever no Salmo 40:6 que também “queria ter suas orelhas furadas por Deus”, isto é, ficar com Ele para sempre, e servi-lo; porém nem todas as traduções bíblicas deixaram perceber isso devido a forma que o traduziram.

Em suma, os direitos dos escravos na Bíblia eram:

  1. Ter liberdade após 6 anos de serviço;
  2. Não deveria ser despedido de mãos vazias no 7º ano;
  3. Não deveriam sofrer maus tratos durante o tempo de seu serviço (do contrário do que os israelitas sofreram antigamente no Egito);
  4. Poderiam escolher ficar com seu amo ao final dos 6 anos de trabalho;
  5. Recebiam meio salário de um trabalhador.

Em outro momento adicionaremos mais detalhes a este estudo. Escreva nos comentários mais abaixo o que você pensava a respeito da escravidão na Bíblia, e o que pensa agora depois de ler essas informações.

3 Comments

  1. Leandro Leandro

    Quer dizer então que escravos mencionados na bíblia tinham direitos?? Francamente. Nunca vi tanto malabarismos para tentar justificar o injustificável.

    • Olá Leandro, isso é o que o texto claramente mostra. E os escravos não eram nas formas que imaginamos, mas eram serviçais. A palavra escravo também pode ser traduzida por “servo”.

  2. 703465154-08 703465154-08

    mas se o escravo tiver uma família e ele tiver acabado seus anos de escravidão, a mulher e os filhos pertencem a seu senhor. isso não parece cruel? li no livro de êxodo 21:4 e confesso que fiquei um pouco chocada.

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