O blog Bíblia se Ensina destina-se a compartilhar estudos bíblicos acerca de diversos assuntos. É permitido aos leitores compartilhar o conteúdo e até mesmo usá-los em estudos em seus cultos, aulas, etc. O autor do blog é o Gabriel da Rocha Filgueiras. Há também outros autores que compartilham aqui suas reflexões bíblicas, como o Jhonatan Faria, o Kennedy Wiliam e alguns outros que escreveram como colaboradores voluntários.
Sobre o blog.
O nome “Bíblia se Ensina” é inspirado no versículo de 2ª Timóteo 2:24, que diz:
Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente.
2 Timóteo 2:24 NVI
Sabemos que debates as vezes são inevitáveis, e eu diria até que são necessários em alguns casos. Porém, o bom é que o servo de Deus saiba ter paciência para com todos, ensine com mansidão e corretamente a palavra da verdade. Pois o poder de um bom ensinamento é muito eficaz. As discussões e conflitos, por sua vez, embora as vezes nos desafiem, nos põe para pensar melhor e nos despertem, nem sempre são frutíferos como um bom ensinamento. Os debates e discussões são ainda mais infrutíferos para pessoas que não desafiam seus próprios conhecimentos e agarram-se a conceitos pré estabelecidos sem questioná-los em busca de base mais sólida para suas convicções, ou querendo verificar se seus conhecimentos estão de acordo com a verdade história mesmo. Um ensino com mansidão e sabedoria, porém, dificilmente não será proveitoso.
Daí a frase de efeito do presente blog: Bíblia não se discute, Bíblia se ensina. Porém é claro que precisamos discutir certas ideias as vezes.
Esse blog foi iniciado em 24 de agosto de 2016, e cada dia mais temos procurado estudar a Bíblia com o devido cuidado para trazer até o público uma mensagem verdadeira, fiel e imparcial.
Embora esse trabalho gere alguns custos, não cobramos nada de nenhum leitor. Os valores para manter o trabalho são adquiridos de sistemas de afiliados como anúncios, indicação de materiais de estudo (livros e bíblias), bem como alguns cursos parceiros, contribuições e apoios voluntários de alguns de nossos leitores.
Estamos frequentemente atualizando o conteúdo de nossos estudos bíblicos na proporção em que vamos progredindo na aprendizagem das Escrituras Sagradas, portanto ainda há muitos estudos pendentes de atualização, o que fazemos com o tempo que conseguimos, porque não abandonamos nossos trabalhos comuns também.
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Sobre o autor do blog.
Me chamo Gabriel da Rocha Filgueiras; nascido em 11 de fevereiro de 1989; natural de Magé, Rio de Janeiro. Formado bacharel em teologia pela Faculdade Teológica Evangélica de Rio das Ostras (FATERO), dirigida pela 2ª Igreja Batista de Rio das Ostras, RJ. Também, em 14 de junho de 2021, me tornei aluno da Comunidade Judaica Netzarim do Pará, sob orientação do rosh (líder de comunidade) e professor de Torá Yoná Sibekhay.
Quando na infância, como geralmente aconteceu com não poucos brasileiros nascidos na década de 90, tive contato com a Igreja Católica. Ainda na infância e em certos momentos da adolescência, também tive breve passagem pela Igreja Universal do Reino de Deus. Mas minha trajetória de vida mudou completamente só aos 17 anos de idade, quando ouvi a palavra de Deus que me convenceu de meus pecados contra Ele. Isso aconteceu num culto de 5ª feira a noite em uma igreja evangélica de minha cidade natal. Era uma fase de certa agitação na minha vida. O trecho da mensagem bíblica que me tocou dizia mais ou menos o que está escrito em Romanos 1:25.
Nos 15 anos seguintes de caminhada, passei por diferentes denominações, devido a constantes mudanças de cidade que precisei fazer, sendo este o resumo:
- Igreja Metodista Wesleyana em Suruí (11/2006 – 01/2008);
- Igreja Pentecostal Unidos Pela Fé (03/2008 – 08/2009);
- Assembleia de Deus em Vila Nova, Suruí, Magé (09/2009 – 12/2010);
- Assembleia de Deus Ministério Vida Feliz em Rio das Ostras – ADRO (01/2011 – 01/2016);
- Terceira Igreja Batista em Rio das Ostras (02/2016 – 05/2021);
- Ministério Novos Rumos em Rio das Ostras (05/2021 – 12/2022).
Tendo iniciado minha caminhada na fé em Deus no dia 23 de novembro de 2006 na IMW Suruí, mudei de cidade à trabalho quase 1 ano e meio depois. Então, em 1º de julho de 2008, comecei a lecionar na Escola Bíblica Dominical na Igreja Pentecostal Unidos Pela Fé em Rio das Ostras, Igreja esta que hoje não existe mais. Eu permaneci servindo neste ofício em todas as outras igrejas por onde passei, sendo minha última aula neste modelo de ensino em 7 de agosto de 2022; talvez, com as informações mais adiante, você perceberá o motivo pelo qual eu quis mudar meu sistema de ensino.
Em agosto de 2008 retornei para minha cidade natal a fim de concluir o ensino médio. E tendo concluído, depois de quase 1 ano e meio, mudei de cidade novamente à trabalho. De volta à Rio das Ostras, em janeiro de 2011, comecei a congregar na Assembleia de Deus Ministério Vida Feliz, onde servi como diácono de 2012 até 2016. Depois disso, em fevereiro de 2016, migrei para a 3ª Igreja Batista em Rio das Ostras ao me casar. E como eu disse, de março de 2018 até dezembro de 2021, estudei no seminário teológico da 2ª Igreja Batista desta mesma cidade.
Por fim, concluí no Ministério Novos Rumos, que estava recém chegado na cidade. Ali fui ordenado a pastor em março de 2022, mas não pude continuar exercendo o ministério pastoral evangélico, pelo motivo que tentarei explicar resumidamente abaixo.
Apesar de toda essa trajetória, entre muitos desafios, altos e baixos, foi através de constantes estudos bíblicos e pesquisas exaustivas que cheguei à conclusão que eu deveria trilhar um caminho um tanto diferente. Quem sabe, com alguma análise bíblica mais atenciosa, você concordará comigo que este é o caminho bíblico original. Estou me referindo à unificação dos gentios ao povo de Israel, que é o povo do Messias, no serviço Divino, e não o divórcio entre ambos, e a caminhada dos não-israelitas por meio de outras religiões que alegam servir ao Soberano, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Textos bíblicos como Efésios 2:11-13, por exemplo, defendem exatamente tal unificação.
Logo, devido às diferenças doutrinárias e teológicas entre estes dois lados, não tive como continuar me considerando pertencente a alguma denominação de Igreja ou mesmo ao próprio cristianismo. E não foi por falta de tentativa de unir os dois lados, mas estes opostos não se atraem… Porque, embora quase totalidade das pessoas adeptas dessa religião pensem que ela foi originalmente fundada pelo Messias (Yeshua ou Jesus) e seus discípulos ou apóstolos, a realidade não é bem essa. Pois, como eu disse, a comunidade de discípulos deste Mestre judeu continuava ligada à Lei de Moisés (de Deus) e seus costumes, basta ver Atos 24:14 por exemplo. Mas o cenário na religião cristã é bem diferente…
Historicamente, o cristianismo é uma religião fundada pelos antigos padres ou pais da Igreja (daí o nome “pais”, porque foram eles seus criadores). Estes homens começaram a se evidenciar a partir da 1ª década do 2º século de nossa era, mais precisamente entre os anos 98-110 EC. Mas a verdade é que vários dos costumes da religião que eles criaram, sua teologia, crenças e doutrinas, diferem dos ensinamentos bíblicos originais recebidos e transmitidos pelos profetas da Bíblia, além de solaparem outros fundamentos das Escrituras Sagradas. Como o espaço aqui não tem esse propósito, não entrarei em detalhes, mas estou disponibilizando aqui um PDF com uma pesquisa que escrevi abordando alguns assuntos.
E como algumas pessoas as vezes confundem, devo informar de antemão que também não sou adventista do sétimo dia nem Testemunha de Jeová, pois estes grupos são simplesmente ramificações modernas do cristianismo com suas devidas diferenças doutrinárias. E, ainda que eu me faça presente em um desses templos religiosos devido a necessidades específicas atuais, eu não posso mais dizer que sou exatamente um cristão, isto é, adepto do cristianismo, tal como conhecemos hoje; porque, se eu não abraço mais doutrinas basilares dessa crença, então não posso dizer que pertenço a ela. E, como eu disse, embora aqueles que estão nela pensem que ela é originária da Bíblia, de Atos 2 ou dos emissários (apóstolos), não é bem assim. Se quiser saber mais você pode ler aqui no blog o estudo “O que é o Cristianismo, quem criou e como surgiu“, e “10 Características dos verdadeiros cristãos“. Mas darei um resumo de algumas controvérsias doutrinárias abaixo.
Em poucas palavras, o cristianismo nos ensina a menosprezar o dia santificado por Deus desde o início da vida (Gn 2:1-3), não obstante o Messias nem seus discípulos terem agido dessa forma (cf. Lc 4:16, 23:54-56, At 13:14-15, 17:1-2 etc.). E para tanto, os antigos dessa religião definiram eventos e criaram até um calendário que leva civilizações inteiras a desmerecer o 7º dia da criação divina, cumprindo assim as profecias de Dn 7:25.
O batismo cristão, que segundo a Bíblia de Jerusalém (cristã) foi criado entre os séculos II e III, ou seja, fora do ambiente bíblico, tornou-se uma versão distorcida da verdadeira imersão (batismo), pois leva as pessoas a acreditarem em três versões de Deus, quando as Escrituras dizem que Ele é um só (Dt 6:4, Mc 12:29; 1Co 8:6). Com isso, pessoas que até exercem fé sincera em Deus, são levadas a acreditar que é normal prestar culto a outros, e não somente ao Pai Eterno, o único Deus verdadeiro, como o próprio Filho Dele ensinou (Lc 4:8, Jo 17:3).
Também, através desta religião, consideramos comum o desprezo às dietas alimentares que Deus prescreveu para Seu povo (compare 1Pe 1:15-16, Lv 20:25-26, 11:4-12,43-45+). Mas muitos crentes, na verdade, nem sequer sabem que precisam obedecer a estes mandamentos também, pois a religião omite isso deles, ou disfarça com justificativas engendradas!
As festas bíblicas ordenadas por Deus ao seu povo, que simbolizam Seus feitos por este, nem sequer são mencionadas nas igrejas no decorrer do ano, embora o Messias (Jesus/Yeshua) tenha participado das mesmas durante toda sua vida! (Lc 2:41-42, 22:15-16; Jo 7:2,14-16,37-38; 10:22-23 etc.).
Tudo isso me leva ao seguinte questionamento: será que eu tenho sido povo de Deus de verdade? E dentre outras coisas, talvez a pior de todas é essa: promover o ensino de que a Lei de Deus foi abolida, anulada ou caducada pelo próprio Messias, que é o maior defensor da Lei Divina! Este fato, que se não é dito com palavras, é demonstrado pela negligência a diversos mandamentos e costumes orientados por Deus na Bíblia; pois na verdade o Messias disse muito o contrário de um suposto cumprimento (no sentido de descontinuação) da Lei, vide Mt 5:17-19.
E poderíamos citar vários outros costumes, eventos ou tradições criados pelos pais cristãos antigos, que levam o povo a cometer transgressões contra mandamentos Divinos sem ao menos perceberem. Pois as pessoas entendem que com certas práticas estão honrando a Deus e ao Messias, quando na verdade acontece o contrário; eventos como o Natal, que na verdade é uma miscelânea e adaptação de festas idólatras antigas, e leva as pessoas a adorarem um deus inventado por interpretações teológicas humanas que se basearam em crenças de religiões do passado; a chamada Santa Ceia, que divorciou o Messias de sua verdadeira identidade e põe em esquecimento mandamentos bíblicos ordenados para o verdadeiro evento que ele participava naquela hora; as comemorações de virada de ano do calendário ocidental (porque Deus deu um calendário determinado para Seu povo); a Páscoa, que é comemorada fora do contexto das ordenanças Divinas para este evento (cf. Nm 9:1-3), etc.
Mas é óbvio que a grande maioria das pessoas que estão dentro dos templos religiosos adorando não tem noção dessas coisas. Muitas, infelizmente, não sabem as origens de sua religião, dos costumes e crenças da mesma, embora sejam de fato pessoas sinceras para com Deus. O problema, portanto, não está na maioria das pessoas em si, mas no conjunto de doutrinas que elas, e nós, recebemos dos teólogos do passado, as quais boa parte do mundo acredita serem as oficiais do Cristo (Messias).
Então, naturalmente, eu não poderia continuar alimentando uma religião dessa!
Eu sei que, como eu mencionei, há muitas pessoas boas, piedosas e realmente tementes a Deus nessa religião (bem como em outras), das quais algumas eu tive o prazer de conviver certo tempo da minha vida; e ainda, felizmente, desfruto da amizade de muitos outros cristãos de excelente caráter! Não teço julgamento a essas pessoas que exercem fé sincera em Deus, pois meus questionamentos são referentes à religião em si, e não às pessoas, que às vezes só querem servir a Deus com integridade. Aliás, quem sabe, muitos conhecidos meus podem se surpreender ao ler essas informações, porém eles, mais do que qualquer outro, conhecem meu testemunho de vida e temor a Deus, além disso, podem ter contato pessoal comigo e me questionar para que juntos sentemos e examinemos a Bíblia Sagrada em busca das explicações devidas. Porque, dar ouvidos a boatos e interpretações superficiais dos outros e concluir as questões sem uma conversa direta e pessoal, não é justo, nem sábio e nem saudável.
Por fim, se este é o caso, o que eu sou então? Judeu? Eu digo que não, porque não cheguei a esse estágio.
Posso me classificar simplesmente, por agora, como um monoteísta gentio, conhecidos no meio judaico-bíblico pela nomenclatura “B’nei Nôah” (literalmente ‘filho de Noé’). Nos tempos em que ainda não havia a Lei de Moisés, os antepassados de Abraão (além do próprio Abraão) foram considerados monoteístas gentios, pois eles obedeciam ao Deus Único Criador de acordo com o conjunto de mandamentos e princípios básicos que tinham recebido até então. Eles foram homens como o tão famoso Jó (1:1), Héber, Sem, o próprio Noé, obviamente, Jerede, o pai de Noé, Metusalém, Enoque, Enos, Sete e por fim Adão, todos com suas respectivas famílias.
Monoteístas (ou estrangeiros) gentios sempre existiram no decurso da história e são mencionados ao longo da Bíblia, como no Salmo 115:11,13, por exemplo. As tão conhecidas Raabe e Rute tornaram-se excelentes exemplos de gentios monoteístas. Elas abandonaram seus deuses e suas crenças neles, e confiaram somente no Deus de Israel, confira Js 2:8-11, 6:25, Rt 1:15-16. O famoso Cornélio, também o etíope abordado por Filipe no caminho para Jerusalém, mencionados no Livro dos Atos (10:1-2; 8:27-28), são exemplos de monoteístas gentios.
Eles também são mencionados por Paulo em seu discurso na sinagoga de Antioquia da Pisídia, em Atos 13:14-44, onde são chamados de prosélitos piedosos em algumas traduções bíblicas (vide vs. 16b, 26a, 43a). Todavia, ao longo deste mesmo livro bíblico, são mencionados estando presentes em várias outras sinagogas ou comunidades judaicas, participando das mesmas liturgias que o povo de Deus participava, porque eram unidos a este (cf. At 2:11, 6:5, etc.).
Todos estes creram no Deus de Israel e se unificaram ao povo Dele, naturalmente, sendo submissos às orientações deste povo, aquelas orientações bíblicas recebidas pelo próprio Deus. Eles não criaram nenhum movimento religioso novo para si, nem se divorciaram do povo eleito ou mudaram seus costumes, antes se uniram ao Deus daquele povo, se unindo ao povo daquele Deus.
Hoje em dia, mais precisamente, tratam-se de pessoas não-israelitas que acreditam que o Deus de Israel é o Criador da vida e do universo. Desde tempos antigos estes não judeus, tementes ao Deus dos judeus, são orientados pelos judeus a caminhar no conjunto de mandamentos que o Eterno deu a Noé e aos seus filhos após o dilúvio (Gn 9).
E como foi mencionado, aquelas pessoas que não eram israelitas dentre os discípulos do Salvador (como nós), também não criaram um movimento religioso novo para si, com novos costumes e crenças; antes, eles se uniram ao povo eleito para seguir a Deus juntamente, e permaneceram sob sua orientação, aperfeiçoando-se gradativamente na obediência aos mandamentos bíblicos, basta entender o contexto de Atos 15:21 para perceber isso.
E vale ressaltar que todos os líderes emissários de Jesus (Yeshua) eram judeus/israelitas também e não se desfizeram das tradições, leis e costumes deste povo, veja como exemplo Romanos 11:1-5, Atos 21:20-24, 25:8 e 28:17. Em resumo, era Israel quem deveria orientar os não judeus na caminhada para com Deus, porque o próprio Deus confiou isso a eles, basta ver Rm 9:4; Dt 33:4, Sl 147:19-20; cf. Rm 3:1-2 e 11:16-18. Mas o movimento religioso dos pais da Igreja, criado posteriormente, fez justamente o contrário.
É devido a todo este contexto que me submeti à obediência, e decidi me unificar a uma comunidade do povo israelita para seguir as orientações bíblicas deles e tentar participar de suas bênçãos divinas (cf. Zc 8:20-23).
Portanto, eu creio que o Deus de Israel (o Eterno) é o único, o verdadeiro, e é um só! Creio que Yeshua, o nazareno, é o Ungido (o Messias), o Filho de Deus, aquele que vai liderar o reino de Deus neste mundo, restaurar todas as coisas e nos levar a uma nova realidade eterna de vida, eternamente ligados ao Criador Supremo. Sigo servindo ao Bendito, obedecendo aos mandamentos que me cabem como um B’nei Nôah (um monoteísta gentio), enquanto faço progressos gradativos e voluntários na obediência a outros mandamentos, conforme as minhas possibilidades. Gosto de ouvir músicas hebraicas e estudar os idiomas originais da Bíblia (Hebraico e Aramaico).
Sobre os estudos do Blog Bíblia se Ensina.
Nosso conteúdo é gratuito para todos os leitores. Nosso trabalho é sustentado através da indicação de livros, bíblias, cursos, da nossa parceria com o Google, com o instituto de Estudos Bíblicos de Israel ou do apoio voluntário dos leitores através do site apoia.se/gabrielfilgueiras. Nosso (meu) próprio trabalho secular também ajuda na manutenção e investimento deste projeto.
Abaixo estão alguns de nossos trabalhos disponibilizados gratuitamente para o público:
- Cerca de 400 estudos bíblicos já publicados em nossa base;
- Projeto de tradução da Bíblia, outros estudos e pesquisas no site biblia.pro.br;
- Todo nosso material disponibilizado em PDFs para impressão gratuitos (muitos estudos ainda estão sendo adicionados);
- Reflexões bíblicas diversas no site O Escritor Bíblico;
- Citações e informações históricas interessantes acerca da Bíblia no site Bíblia em Destaque;
- Envio de mensagens bíblicas diárias em nossos canais no WhatApp e Telegram;
- Alguns vídeos com tutoriais, estudos e mensagens bíblicas no canal do Youtube Bíblia se Ensina;
- Tradução de nossos estudos para o inglês no site thebiblicalwriter.com;
- Entre outros projetos e cursos gratuitos que estão sendo construídos.
Além disso, devido a pesquisas e estudos frequentes, todo conteúdo de nossa base está sendo revisado e atualizado constantemente. Antes também tínhamos as mensagens bíblicas gratuitas temáticas via e-mail, mas como o sistema com o qual trabalhávamos foi descontinuado, em outro momento vamos configurar outra ferramenta de envio.
Eu também escrevo livros ou e-books. Visite a minha página de autor na Amazon e siga meu perfil para saber de lançamentos futuros.
A qual denominação pertence o Blog Bíblia se Ensina?
Como eu já disse, e quero ressaltar novamente, nossas publicações são de caráter independente e não tem nenhum vínculo com qualquer igreja evangélica. Ou seja, o blog Bíblia se Ensina não tem denominação!
Não obstante, como já informado, temos nos orientado com a Comunidade Judaica Netzarim, e nos familiarizado aos poucos com a interpretação israelita/judaica das Escrituras, com suas literaturas e tradições. Além disso, e obviamente, temos priorizado o aprendizado da língua hebraica, e por isso temos (tenho) focado em transmitir os ensinamentos com base neste idioma. Seguiremos sempre a verdade com fidelidade dentro daquilo que temos aprendido e até onde alcança nossa limitada compreensão, pois também não estamos isentos de cometer erros acidentais ou equívocos.
Logo, nenhuma doutrina, liturgia, costumes ou interpretações bíblicas de qualquer denominação de Igreja ou corrente teológica são levados em conta para escrever nossos estudos, mas somente o ensino imparcial das Escrituras em seu contexto original.
Portanto, ao ler nossas publicações, não tenha em mente que isso representa uma linha de pensamento da Igreja Batista, Assembleia de Deus, Metodista Wesleyana ou qualquer outra. Na verdade, muitas diferenças serão encontradas em alguns conteúdos. Pois a intenção aqui é transmitir ensino bíblico sem a influência interpretativa das denominações de igrejas que surgiram mais de 10 séculos posteriormente aos tempos bíblicos, ou das teologias cristãs que foram desenvolvidas posteriormente também. Aqui nós tentamos pesquisar à fundo os idiomas originais da Bíblia e a história, ainda que nosso conteúdo seja simples; tudo isso a fim de trazer verdades imparciais ao público.
Qual tradução bíblica nós usamos?
Como já foi dito antes, gradativamente, na proporção de nosso aprendizado, estamos valorizando a língua original das Escrituras. Portanto, fazemos consultas frequentes para coincidir nosso conteúdo com o ensinamento bíblico original.
Por isso, pelo menos quatro principais traduções bíblicas são levadas em consideração quando citamos versículos em nossas páginas. São elas:
- Bíblia Judaica Completa, do David Stern,
- Bíblia de Jerusalém, Paulus Editora,
- Bíblia Peshitta da Editora BV Books (devido ter como base o texto aramaico),
- Tanah Completo, da Editora Sêfer.
Nós também fazemos uso de outras traduções com menor frequência, como a Bíblia King James Fiel, Nova Almeida Atualizada, Versão Fácil de Ler, dentre outras. Para que o leitor saiba de onde estamos extraindo nossas citações bíblicas, todas as vezes que as fazemos mencionamos as fontes.
No entanto, há casos em que uma tradução diretamente do idioma original é necessária, como em Deuteronômio 6:4 e Marcos 12:29 (citação de Dt 6:4). Estes versículos estão simplesmente errados em quase todas as traduções bíblicas que conhecemos, por um motivo ou por outro. E consideramos que tal erro implica em má compreensão ou ocultamento de um ensino significativo das Sagradas Escrituras, que é a unicidade do Deus verdadeiro! No caso de Dt 6:4, só encontramos acerto na Bíblia Hebraica da editora Sêfer, na VFL, Peshitta da BV Books e na tradução do David Stern. Já em Marcos 12:29 somente na Tradução Brasileira, Bíblia Peshitta da BV Books, Peshitta do Tsadok e na tradução do David Stern também. Todas as demais que consultamos traduziram esses versículos de forma errada, incluindo ARA, ARC, NAA, NVI, TNM, NVT, KJA, BKJFiel, Bíblia de Jerusalém, etc. Veja mais acerca deste tema no estudo de Deuteronômio 6:4 no Projeto Bíblico Ezra, ou leia aqui no blog o estudo “Shema Israel e a doutrina da Trindade“.
Em suma, procuramos pelas traduções que melhor transmitem o que está escrito no idioma bíblico original. Mas o que essas traduções citadas tem que as outras não tem?
Bíblia de Jerusalém
A Bíblia de Jerusalém é mais imparcial na tradução de vários trechos. É um dos trabalhos de pesquisa acadêmica moderna de maior peso. Eu costumo chamá-la de “Bíblia Cristã Mãe”.
Por exemplo, em Gn 1:2 é traduzido “sopro de Deus” em vez de “Espírito de Deus”, o que tira o significado interpretativo religioso subjetivo deste versículo, e o aproxima melhor de sua realidade original hebraica (veja um estudo de Gn 1 aqui no blog). Em vários trechos também encontramos traduzido “Mar dos Juncos” em vez de “Mar Vermelho”, pois aquele é o que exatamente consta no idioma original.
Ela ainda nos informa acerca da inserção de textos não autênticos nos escritos dos discípulos do Senhor, como os casos mais graves de Mateus 28:19 e 1 João 5:7-8. Além disso, a BDJ também tem trechos atualizados de acordo com as descobertas dos Manuscritos do Mar Morto e muitos comentários históricos importantes; embora, como em qualquer outra Bíblia cristã de estudo, nem tudo nela é de se aproveitar (infelizmente).
Bíblia Judaica Completa
A Bíblia Judaica Completa, do David H. Stern, tem o diferencial de recuperar muito do contexto bíblico original judaico. Ora, mesmo nas traduções cristãs provenientes do texto grego, é perfeitamente possível enxergar a originalidade judaica do Salvador, de seus discípulos e sua doutrina; veja Jo. 4:22 por exemplo.
Além disso, essa é uma das poucas traduções em português que conserva os nomes bíblicos originais, principalmente o nome do Salvador, que é Yeshua, o que não é de se desprezar, devido as implicações doutrinárias e teológicas distorcidas que infelizmente estão envolvidas no nome latinizado.
Por isso, e por seu texto confortável de se ler, ela é de suma importância para nós agora, não obstante à dificuldade de leitura com a forma que alguns nomes originais foram transliterados, e a maneira que alguns textos foram interpretados. Mas essas coisas, se comparadas às deturpações e desonestidades de traduções bíblicas cristãs (infelizmente), ainda deixam a BJC em vantagem.
Bíblia Peshitta
Por fim, nós não consideramos mais os textos gregos dos escritos dos discípulos (erroneamente chamados “novo testamento“) como texto original desta parte da Bíblia. Pelo simples fato de que o próprio Salvador pregou sua mensagem em seu idioma natal, o aramaico, e os discípulos jamais abandonaram as comunidades judaicas/israelitas, onde o hebraico e o aramaico, até hoje, tem lugar especial. E, embora ignorado pela esmagadora maioria da cristandade, nós temos o texto aramaico dos escritos deles tão antigos quanto os textos gregos. Ora, este aramaico tem muita semelhança com o hebraico (cerca de 70% das palavras são parecidas), pois ambos idiomas vem da mesma raiz, o que é bom (cf. At 26:14).
Por esse motivo, estamos usando a Bíblia Peshitta da Editora BV Books em alguns trechos. Mas também fazemos consultas e traduções dos textos originais aramaicos sempre que necessário, com as ferramentas de pesquisa do site Dukhrana.com e outros dicionários e textos bíblicos. Pois sabemos que o texto Peshitta usado para essa Bíblia é, majoritariamente, uma compilação do século V (5) aproximadamente, e por isso sofreu influências dos textos gregos da época. Além disso, a própria tradução da BV Books, infelizmente, não foi honesta em todos os casos. Daí a necessidade de devolvermos o texto para o seu devido contexto ao recuperar a tradução correta de vários termos ao longo da Bíblia. Mas a iniciativa da BV Books ao publicar o texto Peshitta foi boa, por isso consideramos sua Bíblia um ponto de partida importante.
Em breve publicaremos nossa comparação de versículos entre o texto aramaico e o grego dos Escritos Nazarenos (“Novo Testamento”).
Por fim, temos nosso próprio projeto de tradução da Bíblia no site bíblia.pro.br, e gradativamente usaremos nossas próprias traduções.
Ficou com alguma dúvida ou deseja falar com o autor do blog? Envie e-mail para [email protected], mensagem no Telegram @gabrielfilgueiras ou comente logo abaixo.
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